Grupo São Francisco: infraestrutura assegura aos hospitais a possibilidade de atender pacientes de baixa e alta complexidade (Grupo São Francisco/Divulgação)
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Publicado em 19 de maio de 2022 às 09h00.
Última atualização em 19 de maio de 2022 às 09h52.
O mercado de saúde no Brasil assiste a uma concentração do setor por meio de fusões e aquisições, especialmente com a verticalização dos negócios, que os torna mais competitivos.
O Grupo São Francisco de Hospitais, que atua na capital e no interior paulista, atento aos movimentos do mercado, contratou a assessoria financeira do Bradesco BBI no fim de 2021 para buscar alternativas estratégicas, seja a negociação com outros players do setor ou fundos de investimento.
Fundado há 28 anos em Cotia e, ainda hoje, um negócio familiar – tocam o negócio os fundadores José Melo e Conceição Ceballos e os três filhos do casal –, o grupo é formado por três unidades do Hospital São Francisco, em Cotia, São Roque e Osasco, e duas do Hospital Sagrada Família, na zona leste da cidade de São Paulo e em Mauá, além do Plano de Saúde Sagrada Família Saúde, registrado na ANS e lançado recentemente no mercado.
Ao todo, o grupo conta com 784 leitos – um crescimento de 300% entre 2018 e 2021, considerando as operações hospitalares adicionais. Atende exclusivamente pacientes privados, especialmente de planos de saúde, em regiões cercadas por indústrias e com alta densidade demográfica.
A zona leste de São Paulo, por exemplo, abriga 40% da população da capital, já Mauá está situada próxima a um polo industrial. Em Cotia, o grupo tem o único hospital particular da cidade, e Osasco, Mauá e São Paulo têm um elevado produto interno bruto (PIB). São Roque, cidade no interior do estado, está em forte expansão e quase 70% da população tem plano de saúde.
Isso o torna estrategicamente atrativo para a consolidação de grandes players do mercado de saúde ou até mesmo para a entrada de uma nova rede na cidade de São Paulo, por exemplo. Segundo a Agência Nacional de Saúde (ANS), em março deste ano, 49,1 milhões de brasileiros eram beneficiários de planos privados de assistência médica, uma média de 22,6% do total de brasileiros. Desse total, 17,7 milhões estão no estado de São Paulo, ou seja, 36%.
Até o momento, o grupo segue com conversas avançadas com investidores brasileiros e internacionais, mas está aberto a novos interessados.
O Bradesco BBI realiza atualmente uma due dilligence (processo de investigação voluntária para avaliar o negócio) em todas as unidades da rede para trazer segurança e transparência às negociações.
Ainda que o grupo busque novos parceiros ou mesmo um comprador, a administração tem apostado na expansão da rede na região metropolitana de São Paulo e em São Roque.
Em 2021, o negócio faturou R$ 70,8 milhões, um crescimento de 71,3% em relação ao ano anterior, quando o grupo foi fortemente impactado pela pandemia de covid-19.
Apesar dos efeitos da pandemia ainda terem afetado as operações dos hospitais em 2021, a empresa retomou os níveis pré-pandemia. A expectativa do grupo em 2022, já com todas as operações em pleno funcionamento, é faturar R$ 321,6 milhões.
Com a negociação com outros players do mercado, o objetivo do grupo é se tornar ainda mais competitivo, por meio da verticalização do negócio, para alcançar resultados ainda melhores – maior ocupação e volume de procedimentos e consultas – e, assim, acelerar a expansão da rede, além de aumentar a excelência na assistência ao paciente.
Hoje, os hospitais do grupo oferecem uma gama completa de serviços de emergência, urgência, ambulatório, cirurgias, internações, entre outros, e dispõem de pátio tecnológico e de colaboradores para todo tratamento médico hospitalar necessário. A rede investe ainda em tecnologias de ponta e na informatização de documentos, com prontuários eletrônicos integrados.
A unidade de Cotia, por exemplo, é acreditada pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), que certifica a qualidade de serviços de saúde com foco na segurança do paciente, e as demais estão em busca de acreditação.
Os hospitais da rede também são credenciados com os melhores planos e seguros de saúde do Brasil, como Bradesco, SulAmérica, Porto Seguro, Amil, entre outros. Além disso, estão próximos a centros de referência em medicina de alta complexidade, provida de mão de obra altamente qualificada por faculdades de medicina e hospitais universitários de ponta.
Neste ano, o grupo recebeu a visita de representantes da Mayo Clinic, primeiro lugar no ranking americano de hospitais e que atende 1 milhão de usuários por ano, em busca de uma futura parceria. A busca por parceiros segue firme em todos os sentidos.