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Da Redação
Publicado em 19 de junho de 2013 às 11h46.
Santos - O Santos revelou, no início da madrugada desta quarta-feira, logo depois de reunião do seu Conselho Fiscal realizada no final da noite de terça na Vila Belmiro, os valores oriundos da venda de Neymar para o Barcelona.
O clube confirmou ter ficado com apenas 9 milhões de euros (cerca de R$ 26 milhões) do total de 17 milhões de euros pagos pelo clube espanhol, segundo números oficiais passados pelo próprio Santos.
Dos 17 milhões pelo negócio, o Santos precisou repassar 40% à DIS (grupo de investidores) e 5% à Teisa (grupo de empresários ligados ao clube). Com isso, só restauram ao Santos 9 milhões de euros.
Deste valor, o Santos ainda teria de pagar 10% ao ex-presidente Marcelo Teixeira, dentro do acordo que foi feito com o dirigente, pelo dinheiro que colocou no clube durante sua gestão por meio de empréstimos bancários que ele fez e precisou honrar - o clube havia acordado anteriormente o pagamento de valores pendentes ao dirigente em caso da negociação de um jogador de destaque no futuro.
Os valores anunciado pelo Santos, porém, não bateram com os que foram comunicados pelo Barcelona quando oficializou a contratação de Neymar. Segundo o clube espanhol, ele custou 57 milhões de euros aos seus cofres, incluindo um suposto sinal de 10 milhões de euros feito com a anuência do time brasileiro em 2011.
O presidente em exercício do Santos, Odílio Rodrigues, falou com a imprensa após a reunião desta terça, quando também minimizou a importância da diferença entre os valores anunciados pelo clube e pelo Barça.
"Quando se faz um negócio, tem que goste e tem quem não goste, mas a maioria (dos conselheiros) achou que o negócio foi bem conduzido. A divergência de valores entre o que o Santos e o Barcelona anunciaram acontece porque o Santos está falando só do valor que veio para o Santos. O Barcelona pode estar fazendo referência ao total do que foi gasto, incluindo comissões etc", disse Odílio, para depois admitir que não havia mais como o clube segurar o craque no Brasil.
"A gente tem que analisar tudo dentro de um contexto. O Neymar vinha caindo de rendimento e vinha convivendo mal com as vaias e notícias publicadas a todo momento que estava sendo vendido e indo embora. Segundo lugar, ele já tinha decidido a sair. Terceiro, o Neymar já tinha atingido a elite do futebol e não está no Brasil, e sim na Europa. Infelizmente, ainda não temos estruturas para segurar jogadores deste nível", justificou.
Amistosos
Embora admita ter direito a apenas 9 dos 17 milhões de euros pagos por Neymar, o Santos revelou também nesta madrugada de quarta que firmou um acordo com o Barcelona, que prevê a realização de dois amistosos com os espanhóis. Pelo compromisso colocado no contrato que celebrou a venda do atleta, o Santos receberia a receita oriunda dos dois confrontos, assim como os valores obtidos por meio de patrocínios e publicidade estática.
A realização destes confrontos dependeriam do aval da CBF, que teria que adequar o seu calendário de competições ao do Santos. Entretanto, mesmo que os amistosos não aconteçam por razões de agenda, o Barcelona se comprometeu a pagar mais 4,5 milhões de euros ao clube como parte da negociação que acertou a ida de Neymar para a Espanha.