EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.
São Paulo - O Santander Brasil, terceiro maior banco privado do país, espera um crescimento acelerado de seu novo serviço de processamento de cartão de crédito com o uso do serviço por pequenas e médias empresas, afirmou um executivo do banco nesta quinta-feira.
O banco, unidade do espanhol Santander, espera ganhar uma participação de mercado de 10 por cento até 2012 do zero por cento atual no setor de credenciamento, em que empresas fornecem terminais de cartão de crédito e software para analisar e processar transações financeiras.
O Santander Brasil irá se concentrar no fornecimento de serviços bancários para pequenas e médias empresas, em área que não deve concorrer com as líderes do mercado de cartões Cielo e Redecard, que controlam quase 95 por cento de um setor que movimenta 385 bilhões de reais por ano, disse o vice-presidente de varejo do banco, José Paiva Ferreira.
"O banco quer aumentar sua participação de mercado entre clientes corporativos", disse Ferreira em coletiva. "Nossos concorrentes não são a Cielo ou a Redecard, mas outros bancos."
As ações da Cielo dispararam 7,6 por cento nesta quinta-feira, fechando a 15,89 reais. Já os papéis da Redecard subiram 6,3 por cento, para 29,77 reais, na Bovespa.
As ações de ambas as empresas despencaram em novembro e dezembro com medidas do governo para incentivar a concorrência no setor de cartões de crédito e débito, e em meio a esforços de bancos como o Santander para ter uma fatia desse mercado, em que o número de transações aumenta a uma taxa de 20 por cento ao ano.
As ações do Santander Brasil registraram alta de 1,2 nesta quinta-feira, para 21,66 reais.
O Santander também irá oferecer taxa zero sobre contas bancárias corporativas para lojas, restaurantes e outros negócios que usem seu sistema de cartão de crédito através de uma joint-venture com a gaúcha GetNet.
O volume de transações por cartão de crédito no Brasil cresceu a uma taxa de 20 por cento ao ano nos últimos três anos, tornando o mercado um ótimo negócio para Cielo, Redecard e bancos, que buscam ganhar mais com taxas cobradas por cada transação financeira.
O Santander espera que o tamanho do mercado de cartões no Brasil dobre nos próximos quatro anos.