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Santander se prepara para comprar ativos do Citi no país

Segundo uma fonte, o Santander contratou o Credit Suisse para assessorar a compra de ativos do Citigroup no Brasil


	Citigroup: Santander contratou bancos para assessorar compra de ativos no Brasil e na Argentina, segundo uma fonte
 (Mario Tama/AFP)

Citigroup: Santander contratou bancos para assessorar compra de ativos no Brasil e na Argentina, segundo uma fonte (Mario Tama/AFP)

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Da Redação

Publicado em 19 de agosto de 2016 às 14h46.

O Banco Santander, maior banco da Espanha, contratou o Credit Suisse para assessorá-lo na aquisição de ativos de varejo do Citigroup no Brasil, disseram pessoas com conhecimento do assunto.

O Santander, cuja unidade brasileira gera cerca de 19 por cento das receitas da empresa com sede em Madri, também contratou uma unidade do Lazard na Argentina para assessorar sua proposta de compra dos ativos do Citigroup no país, disseram as pessoas, pedindo anonimato porque as negociações são privadas.

A empresa espanhola não apresentou proposta pela unidade do Citigroup da Colômbia, que também está à venda, disseram as pessoas.

O Itaú Unibanco, maior banco do Brasil em valor de mercado, e o Banco Safra, de propriedade do bilionário Joseph Safra, apresentaram oferta apenas pelos ativos brasileiros, segundo as pessoas. Nenhuma empresa está interessada nos ativos dos três países, disseram as pessoas.

O Citigroup informou em fevereiro que venderia suas operações de banco de varejo e cartões de crédito nos três países e que manteria, em todos eles, as divisões que atendem clientes institucionais e corporativos.

As operações de varejo da empresa com sede em Nova York nunca atingiram a escala necessária para terem sucesso no Brasil e na Argentina, disseram analistas do setor na época.

O presidente do Banco Santander Brasil, Sérgio Rial, disse no mês passado que a empresa estava interessada nos negócios do Citigroup, sem oferecer mais detalhes.

Valor contábil

Os negócios locais do Citigroup tinham um valor contábil de R$ 5 bilhões (US$ 1,54 bilhão) no Brasil em dezembro, 1,7 trilhão de pesos colombianos (US$ 590 milhões) na Colômbia em setembro e cerca de 10,3 bilhões de pesos argentinos (US$ 691 milhões) em patrimônio líquido na Argentina.

Na Argentina, o Banco Macro contratou o JPMorgan Chase & Co. como assessor e o Banco de Galicia y Buenos Aires contratou o Goldman Sachs, disseram as pessoas. O ativo é avaliado em US$ 300 milhões, disse uma das pessoas.

Na Colômbia, o Grupo Aval Acciones y Valores e o Bank of Nova Scotia apresentaram propostas, segundo uma pessoa.

O Citigroup espera anunciar as vendas em setembro, disse Hélio Magalhães, presidente do banco no Brasil, no início do mês. Magalhães disse que não vê grandes obstáculos para a aprovação do negócio pelo órgão antimonopolista do Brasil, o Cade.

Tito Labarta, analista do Deutsche Bank, disse que a unidade brasileira do Citigroup pode ser avaliada em até R$ 7,9 bilhões em um relatório de 21 de junho, acrescentando que a empresa poderia receber ofertas de até 1,6 vez o seu valor contábil.

Ele disse que a compra pode fazer sentido para o Santander do ponto de vista estratégico, “mas não melhoraria significativamente a posição doméstica do banco, que ainda ficaria atrás de seus principais concorrentes”. O Itaú foi “visto como mais sensível ao preço”, disse Labarta.

Representantes do Santander, do Scotiabank e do Lazard não responderam aos e-mails em busca de comentário. Citigroup, Credit Suisse, Itaú, Safra, Macro, Galicia, JPMorgan, Goldman Sachs e Grupo Aval preferiram não comentar.

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