Santander: o banco pretende abrir novos escritórios e uma unidade em Campinas neste ano (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 22 de janeiro de 2013 às 15h54.
Brasília - O presidente mundial do Grupo Santander, Emilio Botín, disse nesta terça-feira que está buscando comprar mais ativos no Brasil, e não vendê-los. O comentário foi feito ao chegar ao Palácio do Planalto, onde Botín tem audiência marcada com a presidente Dilma Rousseff nesta tarde.
"O Banco Santander compra (ativos). Hoje não tenho tempo de comprar porque vou ver a presidente Dilma, mas outro dia (posso comprar). Digo que nós, do Banco Santander, algumas vezes vendemos algo, mas no Brasil compramos (ativos)", disse a jornalistas. A fala de Botín ocorre dias após a especulação de que o Bradesco teria comprado o Santander Brasil, o que foi rechaçado.
Botín disse estar muito otimista com a economia brasileira em 2013, após a previsão de crescimento de 1% em 2012. "Estou convencido que este ano vai ser melhor que o ano passado para a economia brasileira. O que pensamos é que a economia vai crescer 3% (em 2013). No ano passado, cresceu 1%. É pouco para o Brasil, agora comparado com o que ocorre na Europa e em outros lugares, é muito bom", afirmou.
Indagado pela reportagem se o governo não estaria intervindo demais na economia, Botín respondeu: "Olha, em outros países do mundo, estão intervindo mais do que deviam, como na Europa. O Brasil é um país que tem grandes empresários, e confio que o governo não fará esse tipo de intervenção (que tem na Europa)".
Botín disse também que o Banco Santander pretende investir no País neste ano com a abertura de novos escritórios e de uma unidade em Campinas. Botín falou em 3 bilhões de investimento, mas não especificou se eram em reais, dólares ou euros. Ele destacou ainda que o "Brasil tem sistema financeiro único no mundo, porque tem três grandes bancos públicos e três grandes bancos privados, e tem um grande presidente de BC".