Santander: grupo anunciou acordo para vender 50% do seu negócio de custódia na Espanha, no Brasil e no México (Luísa Melo/Exame.com)
Da Redação
Publicado em 23 de junho de 2014 às 11h59.
São Paulo - O Santander Brasil está pronto para aquisições em setores "que façam sentido" para o grupo, como parte do plano de crescimento no país nos próximos anos, disse nesta segunda-feira o presidente-executivo da instituição, Jesús Zabalza.
"Não temos outro pensamento no Brasil a não ser crescer e isso pode incluir alguns movimentos não-orgânicos", disse Zabalza a jornalistas durante inauguração de novo centro de processamento de dados do grupo no país, em Campinas (SP).
Ele evitou dizer se alguma transação está atualmente em negociação.
O executivo afirmou que os segmentos de clientes de alta renda, transações com pequenas e médias empresas, com agronegócio e no crédito consignado serão os principais vetores de crescimento do grupo no país nos próximos anos.
O Santander anunciou na semana passada um acordo para vender 50 por cento do seu negócio de custódia na Espanha, no Brasil e no México para um consórcio formado pela gestora norte-americana Warburg Pincus [WP.UL] e o fundo Temasek de Cingapura.
Zabalza reafirmou que a oferta pública de troca referente aos 25 por cento dos papéis do banco que estão nas mãos do mercado por recibos da matriz espanhola do grupo, operação anunciada em abril, está correndo dentro dos prazos e deve ser finalizada em outubro.
A expectativa é de que a operação movimente cerca de 14 bilhões de reais. As ações da matriz serão listados na Bovespa como Brazilian Depositary Receipts (BDR, recibos de ações).
Às 11h17, as units do Santander Brasil exibiam queda de 0,13 por cento, a 15,53 reais, enquanto o Ibovespa tinha desvalorização de 0,88 por cento.
Data center
O novo centro de processamento e armazenamento de dados em Campinas, no interior paulista, vai substituir outros dois em operação na capital paulista, aumentando de imediato a capacidade em cerca de 50 por cento no país, disse o vice-presidente de meios do Santander Brasil, José Paiva.
O projeto, que consumiu investimentos iniciais de 1,1 bilhão de reais, pode ter a capacidade aumentada em mais seis vezes e deve centralizar no futuro as operações do grupo espanhol na América Latina.
Mas as operações da GetNet, empresa de meios de pagamento da qual o Santander Brasil anunciou a compra do controle em abril, também por 1,1 bilhão de reais, seguirão processadas na cidade gaúcha de Campo Bom.