Santander: banco espera um aumento da margem financeira bruta e líquida (Leon Neal/AFP)
Da Redação
Publicado em 3 de fevereiro de 2015 às 15h50.
São Paulo - O Banco Santander Brasil prevê obter no primeiro trimestre de 2015 um lucro acima do rendimento alcançado no ano anterior, apesar de no ano passado os lucros da instituição terem caído 1,3% no país.
O presidente do Santander Brasil, Jesús Zabalza, disse nesta terça-feira em uma audioconferência que as previsões são de um "bom crescimento já desde os primeiros meses" de 2015.
O banco espera um aumento da margem financeira bruta e líquida, que poderiam se situar em níveis próximos ao rendimento do ano passado, quando o banco registrou um crescimento de 10%, embora Zabalza não tenha divulgado previsões concretas.
O presidente atribuiu a expectativa ao futuro crescimento do faturamento durante o primeiro trimestre e à estabilidade no índice de inadimplência, favorecida pela criação do Bonsucesso Consignado, fruto da união entre o grupo espanhol e o Banco Bonsucesso.
A operação, que segundo Zabalza será concluída nesta semana, deve ser "um dos motores de crescimento no Brasil", já que a nova instituição bancária, especializada em créditos, realiza as cobranças descontando das folhas de pagamento dos funcionários públicos e aposentados, tornando o negócio seguro.
Em 2015, o Santander continuará focado nos fatores de riscos e buscará se fortalecer nos setores petroleiro, gás e etanol.
"Estamos acompanhando muito de perto todo este processo e participando de conversas com as companhias, agências reguladoras e o governo para poder ser parte da solução", disse Zabalza.
Perguntado pelas novas linhas estratégicas, o presidente reiterou a confiança do banco nas medidas econômicas tomadas pelo governo e o ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
"Se fizermos bem os deveres em 2015 (quando os especialistas preveem um crescimento próximo de 0%), poderemos desfrutar de dois anos (seguintes) muito bons", concluiu Zabalza.
O Banco Santander obteve um lucro líquido de 3,15 bilhões de euros (cerca de US$ 3,57 bilhões) na América Latina durante 2014, e o Brasil continuou sendo o país onde o grupo espanhol registrou os melhores resultados, com um lucro líquido de 1,558 bilhão de euros (US$ 1,766 bilhão).
Dentro da balança de resultados, a margem líquida caiu 13,5%, enquanto os créditos concedidos aos clientes subiram 11,9% e os depósitos captados, 11,5%.