O Banco Santander, o maior grupo financeiro da Espanha, teve lucro de US$ 2,4 milhões na América Latina no primeiro semestre de 2013, um valor 16,3% menor que o arrecadado no ano passado (Antonio Milena/EXAME)
Da Redação
Publicado em 30 de julho de 2013 às 18h27.
São Paulo - O presidente do Santander Brasil (SANB11), Jesús Zabalza, afirmou nesta terça-feira que aposta no crescimento do banco "a médio prazo" no mercado de pagamentos com cartões de crédito e débito.
Em entrevista coletiva para comentar os resultados corporativos no primeiro semestre, Zabalza informou que o Santander Brasil, atualmente com 5% de participação nesse setor, pretende terminar 2013 com 7%.
Com a compra de 50% do capital da operadora GetNet, o Santander Brasil busca conquistar entre 15% e 20% do mercado nos próximos três anos.
A "joint venture" com a GetNet, segundo Zabalza, "é um dos negócios mais promissores" e espera-se que o acordo se concretize "no terceiro ou no quarto trimestre".
"É um negócio aberto a alianças. Queremos crescer em tudo, mas não em tudo ao mesmo tempo", afirmou o executivo.
O mercado brasileiro de operações de negócios com cartões de crédito e débito está dominado pela Cielo e pela Redecard.
A associação com a GetNet, explicou Zabalza, é "um projeto aberto", inclusive para bancos menores que queiram aderir.
Sobre os resultados do banco divulgados hoje, Zabalza destacou a redução da inadimplência de 90 dias entre o primeiro e o segundo trimestre, que caiu 0,6% e atingiu 5,2%.
O Banco Santander, o maior grupo financeiro da Espanha, teve lucro de US$ 2,4 milhões na América Latina no primeiro semestre de 2013, um valor 16,3% menor que o arrecadado no ano passado.
"Queremos ganhar participação de mercado e nos aproximar dos primeiros colocados", afirmou Zabalza, que avaliou a visão "macro" da instituição e negou rumores de venda de ativos.
"Quando digo que somos compradores é porque não vamos vender nada. O que preocuparia é não estar no Brasil, um mercado fundamental para o grupo", afirmou o executivo.
O Santander Brasil responde por 50% dos negócios do grupo espanhol na América Latina e aparece na primeira posição entre as divisões nacionais do banco, com 25%, o dobro do registrado pela instituição nos Estados Unidos, no México e no Reino Unido.