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San Lorenzo recupera terrenos comprados pelo Carrefour

A lei indica que o Banco Ciudad pagará ao Carrefour um ressarcimento de 94 milhões de pesos para que a empresa abandone o local


	Loja do Carrefour: o clube vendeu o terreno por US$ 950 mil, e logo depois, a empresa francesa o comprou por US$ 8 milhões
 (John Kolesidis/Reuters)

Loja do Carrefour: o clube vendeu o terreno por US$ 950 mil, e logo depois, a empresa francesa o comprou por US$ 8 milhões (John Kolesidis/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 16 de novembro de 2012 às 21h32.

Buenos Aires - O Parlamento de Buenos Aires aprovou nesta sexta-feira a 'restituição histórica' ao San Lorenzo dos terrenos desocupados em 1982 e que foram comprados pelo Carrefour, empresa francesa que levantou no local um dos maiores hipermercados da capital portenha.

Os políticos aprovaram o projeto de lei por 50 votos contra um, após milhares de torcedores do San Lorenzo se reunirem para comemorar em frente ao terreno, situado no bairro de Boedo, onde o clube teve seu estádio, o 'Gasómetro' durante 63 anos.

A lei indica que o Banco Ciudad pagará ao Carrefour um ressarcimento de 94 milhões de pesos (US$ 19,6 milhões), para que a empresa abandone o lugar em um prazo a ser definido.

O dinheiro será arrecadado pelo San Lorenzo junto a seus torcedores, que simbolicamente compraram o terreno a US$ 450 por m².

O time de Almagro foi pressionado durante a ditadura militar (1976), para que vendesse o terreno que em primeira instância seria destinado à abertura de duas ruas, e que acabou sendo vendido ao Carrefour em 1983.

O clube vendeu o terreno por US$ 950 mil, e logo depois, a empresa francesa o comprou por US$ 8 milhões, após a participação de empresas imobiliárias ilegais, uma delas com sede em Montevidéu, no Uruguai.

O San Lorenzo inaugurou em 1993 um novo estádio, próximo ao bairro de Boedo, mas um grupo de sócios e torcedores não desistiu de tentar conseguir de volta o retorno do que eles chamam de 'Tierra Santa', onde tiveram seu estádio desde o início do século XX.

O presidente Matías Lammens afirmou que o clube tem um prazo de 180 dias para acertar com o Carrefour a transferência do terreno e que após esse período, será realizada a desapropriação.

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