Stephen Woo em apresentação na CES 2013: "devemos diversificar nossa base de clientes e já estamos fazendo estes esforços, acrescentando alguns clientes chineses" (Steve Marcus/Reuters)
Da Redação
Publicado em 10 de janeiro de 2013 às 07h43.
Las Vegas - A Samsung Electronics quer fornecer chips para mais fabricantes chineses e de mercados emergentes, afirmou o chefe da unidade, a fim de compensar qualquer queda na demanda da Apple, que está se afastando dos processadores da empresa sul-coreana utilizados em seus iPhones e iPads.
A Samsung e sua rival norte-americana --que também é sua maior cliente-- juntas representam mais de metade do mercado global de smartphones, e o grupo sul coreano é o principal fornecedor dos processadores móveis, ou processadores de aplicativos (AP), que acionam ambos os dispositivos da Apple, além de seus próprios telefones celulares e tablets.
Mas, à medida que a Apple busca se tornar menos dependente de sua rival para componentes para seus aparelhos, surgem preocupações de que a Samsung pode ver sua receita com processadores despencar. A Apple já está comprando menos chips de memória e displays da Samsung, em um momento no qual as duas empresas travam uma batalha de patentes "Já que há apenas dois fabricantes de smartphones que estão se saindo muito bem, as produtoras de chips que fornecem a eles também cresceram. Então planejamos impulsionar nosso relacionamento com estes principais clientes", disse à Reuters Stephen Woo, presidente da divisão System LSI da Samsung, que fabrica processadores para produtos da Apple.
O fornecimento de processadores para produtos da Apple tem sido um dos principais negócios para o negócio de chips da Samsung.
O Goldman Sachs estima que as vendas de processadores de aplicativos para a Apple crescerão para 9,3 trilhões de wons (8,8 bilhões de dólares) neste ano.
Mas o número pode despencar 2,5 trilhões de wons no ano que vem, à medida que a Apple vai reduzir o fornecimento da Samsung para esses chips em 30 por cento, e eventualmente em 80 por cento em 2017, segundo o Goldman.
"Devemos diversificar nossa base de clientes e já estamos fazendo estes esforços, acrescentando alguns clientes chineses", disse Woo à Reuters antes de seu discurso na Consumer Electronics Show, em Las Vegas, nesta quarta-feira.