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Samarco reconhece chance de rompimento de outras barragens

A Samarco, que pertence à Vale e à anglo-australiana BHP, admitiu que há risco de rompimento de outras duas barragens de resíduos próximas à Mariana


	Barragens que se romperam da Samarco: diretor de operações e infraestrutura da Samarco reconheceu a possibilidade de ruptura das barragens de Santarém e Germano
 (Corpo de Bombeiros/MG - Divulgação)

Barragens que se romperam da Samarco: diretor de operações e infraestrutura da Samarco reconheceu a possibilidade de ruptura das barragens de Santarém e Germano (Corpo de Bombeiros/MG - Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 17 de novembro de 2015 às 15h29.

Rio de Janeiro - A mineradora Samarco, que pertence à Vale e à anglo-australiana BHP, admitiu nesta terça-feira que há risco de rompimento de outras duas barragens de resíduos próximas à Mariana, em Minas Gerais, o que seria uma repetição do acidente que causou a morte de pelo menos 11 pessoas no último dia 5.

O diretor de operações e infraestrutura da Samarco, Kléber Terra, reconheceu a possibilidade de ruptura das barragens de Santarém e Germano durante uma entrevista coletiva em Mariana.

Segundo o diretor, Santarém tem um índice de estabilidade de 1,37 em uma escala que vai de 0 a 2. Já o dique Selinha, uma das estruturas da barragem de Germano, tem um índice de 1,22, o que indica uma maior probabilidade de rompimento.

A Samarco tinha explicado anteriormente que o fator de 1,00 marca o limite de segurança para esse tipo de barragem. A companhia está realizando trabalhos para reforçar as barreiras, que devem se estender pelos próximos 90 dias.

No último dia 5, a ruptura dos diques de contenção de resíduos minerais em uma mina de Bento Rodrigues, distrito de Mariana, provocaram uma mar de 62 milhões de metros cúbicos de lama.

A enchente, a mais grave ocorrida no mundo em pelo menos uma década, destruiu completamente Bento Rodrigues, inundou seis comunidades próximas e uma enorme extensão de terra, além de afetou seriamente o Rio Doce, um dos mais importantes da região.

Segundo o último balanço oficial, o rompimento causou pelo menos 11 mortos. Quatro vítimas ainda não foram identificadas, enquanto as equipes de resgate seguem procurando por 12 desaparecidos.

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, classificou o incidente de "catástrofe ambiental" que "teve impactos extremamente graves" na fauna da região. 

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