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Samarco inicia na próxima semana obras para sistema de rejeito de minério

Obras permitirão que a Samarco implemente um novo sistema de disposição de rejeitos, uma alternativa a barragens

SAMARCO: a previsão é de que as intervenções na cava durem cerca de dez meses (Ricardo Moraes/Reuters)

SAMARCO: a previsão é de que as intervenções na cava durem cerca de dez meses (Ricardo Moraes/Reuters)

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Reuters

Publicado em 28 de setembro de 2018 às 19h08.

São Paulo - A mineradora Samarco inicia na próxima semana as obras de preparação da Cava Alegria Sul, no Complexo de Germano, situado em Mariana e Ouro Preto, no Estado de Minas Gerais, informou a empresa em nota à imprensa nesta sexta-feira, no que seria um passo no processo para a companhia voltar a operar no futuro.

Essas obras permitirão que a Samarco implemente um novo sistema de disposição de rejeitos, uma alternativa a barragens como a que se rompeu em Mariana há três anos, causando um desastre social e ambiental.

Em dezembro de 2017, o Conselho de Política Ambiental do governo de Minas Gerais concedeu as licenças prévia (LP) e de instalação (LI) para o sistema de deposição de rejeitos, algo chave para que a companhia volte a operar.

A retomada das operações da Samarco, paralisada desde o final de 2015 após o desastre que matou 19 pessoas e poluiu o Rio Doce, depende de outras autorizações, tais como a licença de operação, inclusive do complexo minerário de Germano.

A cava é a estrutura resultante do processo de lavra. Por possuir uma formação rochosa e estável, permite a contenção segura do rejeito nela depositado, disse a Samarco.

A previsão da Samarco, uma joint venture da Vale com a BHP Billiton, é de que as intervenções na cava durem cerca de dez meses, atingindo, no pico das obras, cerca de 750 empregados diretos e indiretos.

Em agosto, um representante da BHP disse ver pouca probabilidade de a mineradora retomar as operações no próximo ano, embora espere obter todas licenças exigidas.

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