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Salão do Automóvel deve melhorar vendas, diz setor

Dirigentes afirmam que o histórico dos anos pares, quando o evento é realizado, mostra que as vendas no segundo semestre são maiores


	Edição de 2010 do Salão do Automóvel, em São Paulo
 (Divulgação)

Edição de 2010 do Salão do Automóvel, em São Paulo (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2014 às 13h53.

São Paulo - O 28º Salão Internacional do Automóvel de São Paulo deve aumentar as vendas de veículos no Brasil, mas não é possível mensurar esse impacto positivo. A avaliação é dos presidentes da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, e da Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (Abeifa), Marcel Vincond.

Os dirigentes afirmam que o histórico dos anos pares, quando o evento é realizado, mostra que as vendas no segundo semestre são maiores em relação aos seis primeiros meses do ano, o que indica que o salão impacta nesse crescimento.

"Não há como definir com exatidão, mas com certeza o Salão é um dos grandes motivadores de vendas do nosso setor", afirmou Moan nesta sexta-feira, 10, em entrevista sobre detalhes do evento. Ele destacou que o salão deste ano é "especialmente importante", porque é o primeiro após o início do Inovar Auto, programa do governo federal que prevê desconto de até 30% no IPI para automóveis produzidos e vendidos no Brasil.

Ele destacou que o futuro do setor automotivo é "extremamente promissor", entre outras coisas, pelo volume de investimento das montadoras previsto entre 2012 e 2018, em torno de R$ 77 bilhões, dos quais R$ 12 bilhões serão investidos em engenharia, pesquisa e desenvolvimento e melhoria da eficiência energética.

Moan lembrou que o primeiro semestre deste ano foi bastante fraco em vendas para o setor automotivo, em razão de eventos como a Copa do mundo, que afetaram a economia como um todo.

Para o segundo semestre, ele prevê que as vendas deverão melhorar, além do Salão, em razão de mais dias úteis e das medidas anunciadas pelo governo para aumentar o crédito. Segundo ele, em setembro, o volume de veículos financiados aumentou 10,7% em relação a agosto.

O presidente da Anfavea destacou ainda que o potencial para vendas no Brasil é "enorme", uma vez que a taxa de motorização, hoje de quase 6 habitantes por veículo, ainda é muito pequena se comparada a outros países, como a Argentina (3 habitantes por automóvel).

"O Salão será um contraponto positivo para fomentar o consumo, porque vai fazer com que os consumidores não estejam adormecidos e experimentem novas marcas", avaliou o presidente da Abeifa. De acordo com Vincond, o evento deve ajudar a diminuir a projeção de queda nas vendas de importados em 2014 em relação ao ano passado.

Hoje, a Abeifa prevê que as empresas associadas da instituição devem fechar o ano com 100 mil unidades vendidas, o que representará uma perda de 5% a 7% ante 2013. "O Salão tem que aliviar isso. O investimento que as marcas fazem no evento é justamente para isso, para gerar consumo", afirmou.

Detalhes do evento

O 28º Salão do Automóvel de São Paulo contará com 84 expositores, de mais de 11 países diferentes. A organização do evento estima que mais de 500 veículos, de 41 marcas, deverão estar expostos nos 85 mil metros quadrados de exposição no Anhembi, na capital paulista. Desse total, cerca de 150 automóveis devem ser lançamentos.

O investimento total só da organização do evento é de mais de R$ 26 milhões, que, somado ao dos expositores, deve atingir mais de R$ 150 milhões, segundo os organizadores. A organização espera um público de cerca de 750 mil pessoas, mesmo patamar dos últimos anos.

"Não esperamos aumento, por conta das limitações físicas do local", explica Paulo Octávio Pereira de Almeida, vice-presidente da Reed Exhibitions Alcantara Machado, empresa organizadora.

A abertura do evento ao público acontece no dia 30 de outubro, a partir das 14h, e deve contar com a presença da presidente Dilma Rousseff. O evento segue até 9 de novembro, aberto de segunda a sábado, das 13h às 22h, sendo que a entrada só será permitida até 21h; no domingo, das 11h às 19h. No primeiro dia, os ingressos serão vendidos no local a R$ 40 a inteira. Nos demais dias, a R$ 60 (durante a semana) e a R$ 80 (fins de semana).

A previsão da organização é de que só os turistas que vêm ao evento gastem cerca de R$ 280 milhões em São Paulo. No ano passado, somente com o público de outras cidades e Estados, foram arrecadados aproximadamente R$ 250 milhões, segundo dados da São Paulo Turismo S/A (SPTuris).

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