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Saída de minoritários da EDP pode ser acelerada, diz jornal

Suposta intenção da Três Gargantas de reforçar o seu poder e influenciar mais a gestão da EDP de Portugal pode acelerar a saída da Millennium, José de Mello e BES


	A Três Gargantas --maior acionista, com 21,35 por cento da EDP--, com o apoio do presidente do conselho, quer alterar o modelo de governança do maior grupo industrial de Portugal
 (Olli Geibel/AFP)

A Três Gargantas --maior acionista, com 21,35 por cento da EDP--, com o apoio do presidente do conselho, quer alterar o modelo de governança do maior grupo industrial de Portugal (Olli Geibel/AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de março de 2013 às 12h23.

Lisboa - A suposta intenção da chinesa Três Gargantas de reforçar o seu poder e influenciar mais a gestão da EDP Energias de Portugal pode acelerar a saída de acionistas minoritários, como Millennium, José de Mello e BES, segundo afirmou um analista do BPI à imprensa portuguesa.

A Três Gargantas --maior acionista, com 21,35 por cento da EDP--, com o apoio do presidente do conselho, quer alterar o modelo de governança do maior grupo industrial de Portugal e ter uma maior influência direta na gestão da EDP, alteração que teria de ter a aprovação da assembleia geral de acionistas.

"É difícil dizer que tipo de implicações pode ter, mas o enfraquecimento da influência de alguns acionistas minoritários pode acelerar a sua saída da EDP", disseram os analistas do BPI, ao Iberian Daily desta segunda-feira.

"Lembramos que o BCP e o seu fundo de pensões, com 3,36 por cento (da EDP), José de Mello, com 4,64 por cento, e o BES, com 2,45 por cento, têm sido frequentemente apontados como candidatos a vender as suas posições", acrescentou.

Os analistas do BPI frisaram que a Iberdrola, que tem 6,79 por cento da EDP, "não está presente no Conselho Geral e de Supervisão e é mencionada como querendo vender ao preço certo, enquanto a Lieberbank, que resultou da fusão de caixas espanholas e tem 5 por cento, é também visto como possível vendedor".

"Assim, o potencial de uma maior alteração da estrutura acionista (da EDP) existe", afirmaram.

Os analistas do BPI destacaram que o impacto é neutro por agora para as ações da EDP, realçando que o poder dos chineses parece atualmente diluido com outros quatro membros do Conselho Geral e de Supervisão.

Segundo os analistas, a eliminação deste CGS e a criação de um conselho menor com o poder mais concentrado na mão do presidente do conselho e do presidente-executivo deverá servir os interesses da Três Gargantas.

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