Eike Batista, CEO da EBX: OGX deve cerca de US$ 3,6 bilhões a credores internacionais e os bônus da empresa estão sendo negociados atualmente a cerca de 15% do valor de face (Jonathan Alcorn/ Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 17 de julho de 2013 às 23h10.
São Paulo - A crise financeira vivida pelo grupo EBX, controlado por Eike Batista, não representa um risco sistêmico para os bancos brasileiros, diz em nota a Standard & Poor's (S&P). Segundo a agência, os sete maiores bancos brasileiros emprestaram cerca de US$ 6 bilhões a empresas controladas por Batista, sem contar a MPX Energia SA.
A S&P também disse que, no fim de março, os empréstimos dos bancos locais ao grupo EBX representavam menos de 1% do crédito total do sistema financeiro brasileiro e 3% do valor líquido dos bancos. A agência observou que apenas US$ 300 milhões, do total de US$ 6 bilhões da dívida da EBX, são devidos pela OGX petróleo e Gas Participações, a principal empresa do grupo.
A OGX deve cerca de US$ 3,6 bilhões a credores internacionais e os bônus da empresa estão sendo negociados atualmente a cerca de 15% do valor de face, já que muitos investidores acreditam que algum tipo de reestruturação da dívida é agora inevitável.
Entre os credores do grupo EBX no sistema bancário brasileiro estão nomes como Itaú Unibanco Holding, Bradesco e BTG Pactual.
A S&P disse que não acredita que as provisões feitas pelos bancos para cobrir os empréstimos ao grupo EBX tenham um impacto significativo em seus resultados financeiros, pois os sete maiores bancos do País normalmente mantêm cerca de US$ 5 bilhões como provisões adicionais para cobrir perdas eventuais. Fonte: Dow Jones Newswires.