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Roberto Shinyashiki incentiva a festejar os problemas em novo livro

Em entrevista a EXAME.com, autor conta o que é preciso para ser otimista – sem ser poliana

Roberto Shyniashiki, em palestra: os brasileiros são muito emocionais (Divulgação)

Roberto Shyniashiki, em palestra: os brasileiros são muito emocionais (Divulgação)

Daniela Barbosa

Daniela Barbosa

Publicado em 13 de setembro de 2011 às 15h01.

São Paulo - O que o Google, a Microsoft, o Buscapé e o McDonald’s podem ter em comum? Para Roberto Shinyashiki, palestrante e autor de best-sellers de gestão, como “O sucesso é ser feliz”, trata-se da capacidade de encontrar uma solução ímpar para um grande problema e, assim, lucrar muito com ela.

Em entrevista exclusiva a EXAME.com, Shinyashiki falou sobre seu último livro: “Problemas? Oba!”, que fala de como encontrar as oportunidades em questões, às vezes, praticamente insolúveis. Confira, a seguir, trechos da entrevista concedida pelo autor:

EXAME.com: Como surgiu a ideia do livro “Problemas? Oba!”?
Roberto Shinyashiki:
No início do ano, prestei consultoria a um executivo que estava diante de um grande problema: assumir a posição de CEO em uma grande companhia e provar que estava apto o suficiente para enfrentar os desafios. Quando ouvi aquela história, pensei: problemas? Oba! Fui depois chamado para dar algumas palestras naquela empresa e sugeriram, então, que a apresentação tinha potencial para virar livro. 

EXAME.com: Como encontrar pessoas que dizem “oba” para um problema?
Shinyashiki:
Em primeiro lugar, acho que os processos seletivos precisam ser mais rigorosos. Os profissionais devem comprovar realmente o seu potencial. Mas as empresas precisam estar atentas a profissionais que apresentem soluções e que saibam enfrentar situações de estresse. Costumo citar, como exemplo, os profissionais de companhias aéreas. É só aparecer um problema, que eles fogem dos guichês, sem se darem conta de que aquele é o momento deles aparecerem e mostrarem o seu potencial. A sua capacidade de lidar com as dificuldades e apresentar saídas.

EXAME.com: As empresas desperdiçam muitas chances de resolver problemas comuns?
Shinyashiki:
Os problemas sempre vão existir e, cada vez mais, em maiores proporções. Hoje as companhias, pensando em cortar custos, acabam criando mais dor de cabeça. Um hospital, por exemplo, quando coloca residentes para atender aos pacientes, não está solucionando um problema, pagando salários mais baixos e assim reduzindo as despesas. Está sujeito a mais risco e a mais problema.  Buscar solução não significa simplificar o problema.


EXAME.com: Excesso de otimismo pode atrapalhar na verdadeira busca de soluções e do senso crítico. Como evitar isso?
Shinyashiki:
Tanto o excesso de otimismo, como o de pessimismo podem  atrapalhar na busca de soluções. O otimista sempre vai ver uma situação melhor do que ela realmente é; o pessimista, o contrário. Entre um e outro, prefiro o realista: aquele que tem o pé no chão e age diante das circunstâncias do mercado.

EXAME.com: Existe alguma fórmula mágica para que as pessoas sejam mais realistas?
Shinyashiki:
Os brasileiros agem muito pela emoção e isso atrapalhar muito. Para serem mais realistas, as pessoas precisam acreditar mais em números e estatísticas. Ter pesquisas que comprovem a teoria é fundamental.


EXAME.com: No livro, você usou exemplos concretos de empresas que viram nos problemas uma oportunidade. Poderia falar sobre esses casos?  
Shinyashiki:
Citei grandes empresas como exemplo. O Google, por exemplo, criou uma ferramenta de busca que facilitou a vida de milhões de pessoas que usam a internet para fazer buscas. O McDonald’s, que após a revolução industrial americana, criou o fast food, para as pessoas que não podiam perder muito tempo na hora do almoço. Tem também a Microsoft, que revolucionou, na década de 90, o uso da informática, com a criação do Windows. Mais recentemente, podemos citar a rede Subway, que com uma pegada de alimento mais saudável, vem crescendo a taxas elevadíssimas. Mas existem muito exemplos, em menores ou maiores proporções.

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