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Ricardo Eletro impulsiona vendas online em meio à pandemia do coronavírus

A companhia tem cerca de 300 pontos de venda além do comércio eletrônico, que hoje representa cerca de 20% das vendas

Ricardo Eletro: com lojas fechadas, a empresa investe nas vendas digitais (Giuseppe Bizzarri/Folhapress)

Ricardo Eletro: com lojas fechadas, a empresa investe nas vendas digitais (Giuseppe Bizzarri/Folhapress)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 2 de abril de 2020 às 17h30.

Última atualização em 2 de abril de 2020 às 18h08.

A varejista Ricardo Eletro, que pertence ao grupo Máquina de Vendas, está reforçando sua atuação online como reflexo da pandemia do coronavírus e de ações de isolamento social.

A empresa percebeu um aumento de vendas no comércio eletrônico de 32% em março em relação ao mesmo mês do ano passado.

Algumas categorias registraram crescimento nas vendas ainda mais expressivo. Itens voltados para trabalho remoto, como notebooks, telefones e mesas de escritório tiveram cerca de 80% de aumento nas vendas. 

A Ricardo Eletro aumentou suas áreas de atuação e passou a integrar parceiros de marketplace que antes não faziam parte do negócio central, como linhas médicas e alimentícias. 

Os cerca de 2.400 vendedores das 300 lojas da varejista deixaram de trabalhar pelo fechamento dos pontos de venda físicos. Como parte da remuneração dos funcionários é por comissão de vendas, a companhia criou um link para cada vendedor continuar a receber uma comissão por meio das vendas feitas pelo link.

A companhia tem cerca de 300 pontos de venda além do comércio eletrônico, que hoje representa cerca de 20% das vendas. A varejista é a principal bandeira do Grupo Máquina de Vendas, fundada em 2010 com a fusão da Ricardo Eletro e as empresas Insinuante, City Lar, Eletro Shopping e Salfer. 

O faturamento em 2019 foi de 2 bilhões de reais e a previsão inicial, antes do coronavírus, para o faturamento deste ano era de 2,6 bilhões de reais. 

Com o isolamento social, empresas precisam reforçar suas operações digitais. Na prática, a realidade é mais dura. Um estudo da Boa Vista, empresa que gerencia o Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) e serviços como análise de CPF, descobriu que, para 42% das empresas brasileiras, as vendas online representam até 10% do faturamento.

Na sequência, 22% tira entre 10% e 30% do faturamento da internet. Assim, de dez empresas brasileiras, seis ainda dependem do varejo físico para obter 70% ou mais de sua receita. Na outra ponta, só 20%, ou duas em cada dez empresas, conseguem obter online mais da metade da receita. 

 

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