Fábrica da GM: em 2013, após processo de lay-off, a empresa demitiu 598 trabalhadores (Marcos Issa/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 1 de agosto de 2014 às 19h24.
São Paulo - Terminou sem acordo a reunião entre o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e representantes da General Motors para discutir a proposta de adotar o sistema de lay-off, ou seja, de suspensão dos contratos de trabalho na unidade da montadora neste município paulista.
O sindicato informou que haverá nova reunião na próxima semana, mas o dia ainda não foi definido.
O sindicato é contra o lay-off e, durante a reunião de hoje (1º), cobrou da montadora a garantia de estabilidade no emprego para todos os trabalhadores da unidade.
Segundo a entidade, um acordo assinado com a montadora, em janeiro do ano passado, prevê a garantia do nível de emprego até dezembro deste ano.
No ano passado, após um processo de lay-off, a General Motors demitiu 598 trabalhadores. O temor do sindicato é que o mesmo ocorra este ano.
“Estamos começando um processo de resistência. Queremos chamar toda a sociedade para participar da luta. O setor automotivo não está em crise, não houve queda de produção na fábrica de São José dos Campos e não há motivos para lay-off, nem demissões”, disse, em nota, o presidente do sindicato, Antônio Ferreira de Barros.
Uma das ideias do sindicato é cobrar da presidenta Dilma Rousseff a assinatura de uma medida provisória que proíba demissões em empresas que foram beneficiadas por incentivos fiscais do governo, como é o caso das montadoras.
A Agência Brasil tentou entrar em contato com a General Motors, mas não obteve sucesso.