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Resseguradoras crescem com cobertura para animais de estimação

Empresa alemã havia acabado de fechar parceria com uma startup britânica do ramo de internet para fornecer seguro para pets

Eles também merecem o melhor (blanscape/Thinkstock)

Eles também merecem o melhor (blanscape/Thinkstock)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de agosto de 2017 às 18h08.

Última atualização em 12 de agosto de 2017 às 18h12.

Quando Micah Carr-Hill quis assegurar Chief, o labrador que auxilia o tratamento de autismo de seu filho, encontrou uma aliada na Munich Re, a maior resseguradora do mundo.

A empresa alemã havia acabado de fechar parceria com uma startup britânica do ramo de internet para fornecer seguro para animais de estimação com a cobertura abrangente que Carr-Hill precisava. O investimento da Munich Re na Bought By Many, uma empresa com sede em Londres que ajuda seus clientes a encontrarem coberturas para tudo, de buldogues a aparelhos Kindle, é um exemplo de como as resseguradoras estão despejando dinheiro em provedores de tecnologia financeira de nicho para impulsionar os lucros, que estão em queda.

“Entre milhares de startups existentes surgirão algumas realmente boas”, disse Torsten Jeworrek, membro do conselho de administração da Munich Re, em entrevista. “Queremos estar na vanguarda disso.”

A Munich Re apoia mais de meia dúzia de provedoras de tecnologia financeira, incluindo a seguradora de telefones celulares So-Sure, com sede em Londres, e a seguradora doméstica norte-americana Lemonade. As grandes empresas estão se envolvendo mais de forma geral. Em 2012, as seguradoras ou resseguradoras realizaram apenas um investimento estratégico em uma empresa de tecnologia de capital fechado, segundo a empresa de pesquisa de capital de risco CB-Insights. No ano passado, fecharam 100 negócios desse tipo.

O investimento nestas startups oferece às resseguradoras a oportunidade de se diversificar sem invadir o negócio das grandes empresas de seguros que são suas clientes. Isso também pode mitigar os efeitos das taxas de juros em baixa recorde e das indenizações por catástrofes abaixo da média, que estão reduzindo a demanda por seus serviços.

A Swiss Re lançou um programa no ano passado para orientar startups de seguros “inovadoras”, enquanto Allianz SE, Axa SA e XL Group lançaram fundos de capital de risco dedicados a investir no setor de tecnologia financeira. A Hannover Re investiu na FinLeap, uma desenvolvedora de empresas de tecnologia com sede em Berlim, apesar de seu diretor financeiro ter dito que a terceira maior resseguradora continua cautelosa em relação ao setor.

“No caso das empresas de tecnologia financeira, o capital de resseguro é uma ótima alternativa para ajudá-las a financiar o crescimento”, disse o diretor-financeiro da Hannover Re, Roland Vogel. “Mas estamos abordando o espaço das startups com muita cautela. É possível queimar facilmente uma montanha de dinheiro.”

Queda nos lucros

O novo CEO da Munich Re, Joachim Wenning, disse nesta semana que busca formas de ampliar os ganhos no momento em que sua empresa se dirige para a quarta queda seguida nos lucros anuais. Rivais como a Swiss Re e a Berkshire Hathaway também viram seus lucros afetados por custos ligados a desastres naturais e a anos de queda das taxas de resseguro, enquanto a Hannover Re fez um alerta para uma perspectiva de mercado “desafiadora”.

A Munich Re investiu e ofereceu subscrição à seguradora on-demand Trov e à seguradora de comércio eletrônico Simplesurance, que tem sede em Berlim. No ano passado, a empresa investiu na Slice Labs, que oferece seguro aos motoristas da Uber Technologies, e na Next Insurance, que visa a oferecer uma cobertura mais personalizada para fotógrafos comerciais.

“Atualmente, estamos gerando prêmios de alguns milhões de euros com as startups”, disse Jeworrek, da Munich Re. “Os riscos são muito mais limitados em áreas como a de seguro de animais de estimação do que na de cobertura contra furacões. Somos, talvez, um pouco mais ousados do que as outras resseguradoras.”

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