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República Dominicana receberá US$ 184 mi da Odebrecht

O procurador informou também que a Direção de Contratações Públicas do Estado dominicano inabilitou a construtora nos processos de concessão

Odebrecht: os documentos apontam que a empresa pagou ao país caribenho US$ 92 milhões em subornos para assumir obras ao longo de quase duas décadas (REUTERS/Rodrigo Paiva)

Odebrecht: os documentos apontam que a empresa pagou ao país caribenho US$ 92 milhões em subornos para assumir obras ao longo de quase duas décadas (REUTERS/Rodrigo Paiva)

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EFE

Publicado em 20 de janeiro de 2017 às 20h15.

Santo Domingo - A Odebrecht se comprometeu a pagar US$ 184 milhões como compensação financeira à República Dominicana, o dobro do que disse ter distribuído em propinas para conseguir contratos milionários no país, anunciou nesta sexta-feira o procurador-geral, Jean-Alain Rodríguez.

Em entrevista coletiva, Rodríguez informou também que a Direção de Contratações Públicas do Estado dominicano inabilitou temporariamente a construtora brasileira nos processos de concessão de qualquer obra pública, como ele havia solicitado ao órgão na semana passada.

No entanto, ele afirmou que nem o acordo financeiro conseguido com Odebrecht ou sua suspensão temporária "impedirão que o caso continue a ser investigado, sem descanso e até as ultimas consequências, caia quem cair".

Segundo documentos divulgados em 21 de dezembro do ano passado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, a Odebrecht pagou aproximadamente US$ 788 milhões em propinas em 12 países, entre eles a República Dominicana.

Os documentos apontam que a empresa pagou ao país caribenho US$ 92 milhões em subornos para assumir obras ao longo de quase duas décadas.

O gerente geral da Odebrecht no país, Marcelo Hofke, revelou que o representante comercial da companhia na República Dominicana, Ángel Rondón, foi quem recebeu e distribuiu este valor, conforme afirmou no último dia 10 o procurador-geral após o executivo ser interrogado.

Por sua vez, Rondón reconheceu ter recebido uma quantia similar a US$ 92 milhões da Odebrecht, mas afirmou que ela corresponde a contratos de serviços de representação, e não para pagar propinas.

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