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Repsol YPF busca alianças para investir na Argentina

O grupo foi acusado de descumprir suas obrigações de investimento no país

A Argentina está em conflito com a Repsol, a quem o governo de Kirchner tem pedido um aumento de investimentos (©AFP/Arquivo / Philippe Desmazes)

A Argentina está em conflito com a Repsol, a quem o governo de Kirchner tem pedido um aumento de investimentos (©AFP/Arquivo / Philippe Desmazes)

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Da Redação

Publicado em 22 de março de 2012 às 14h16.

Madri - O grupo petroleiro Repsol YPF, acusado pelo governo da Argentina de descumprir suas obrigações de investimento nesse país, está buscando alianças com grandes petroleiras internacionais para explorar a enorme jazida de Vaca Muerta, afirmou nesta quinta-feira um jornal espanhol.

"A Repsol tem sondado a gigantes chineses, americanos e europeus para que (...) aportem dinheiro na megajazida de Vaca Muerta", disse o jornal econômico Expansión.

Contatado pela AFP, um porta-voz da Repsol YPF em Madri não quis comentar a informação.

Os chineses Sinopec, CNPC e CNOCC, os russos Lukoil e Gazprom, o americano Exxon e o italiano ENI figuram entre os possíveis sócios citados pelo jornal.

Após formar a aliança, a Repsol não só conseguiria compartilhar "o colossal investimento necessário em Vaca Muerta, mas também traria sócios dispostos a investir na Argentina e aumentar a produção de hidrocarbonetos no país", disse o Expansión. "Isso seria um ótimo escudo contra as acusações de protecionismo feitas ao governo de Cristina Kirchner", afirmou o jornal.

A Repsol anunciou em novembro ter descoberto na província argentina de Neuquén (oeste) uma das maiores reservas de hidrocarbonetos não convencionais do mundo.

A exploração de Vaca Muerta, que segundo a empresa contém 22,807 bilhões de barriles equivalentes de petróleo (Mbep), precisaria de um investimento de 25 bilhões de dólares por ano durante uma década, segundo o jornal espanhol.

A Argentina está em conflito com a Repsol, a quem o governo de Kirchner tem pedido um aumento de investimentos para atenuar o impacto do incremento das importações de hidrocarbonetos, que chegaram a 9 bilhões de dólares em 2011.

Depois que três províncias petrolíferas argentinas retiraram a concessão de um total de seis áreas da Repsol, existe "o risco de uma nacionalização definitiva" da YPF, disse a agência internacional de classificação financeira Fitch.

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