Fábrica da Renault: empresa planeja lançar novos modelos elétricos a partir de meados de 2011 (RENAULT/DIVULGAÇÃO)
Da Redação
Publicado em 5 de janeiro de 2011 às 14h35.
Paris - A fabricante de carros francesa Renault suspendeu três diretores em uma ação que, de acordo com uma fonte próxima à companhia, ocorreu devido à suspeita de vazamento de segredos sobre seus novos modelos de veículos elétricos.
Um porta-voz da Renault afirmou na terça-feira que suspendeu três gerentes seniores por questões éticas não especificadas. Fontes que pediram o anonimato afirmaram à AFP que as suspensões estavam ligadas ao vazamento de segredos da empresa.
"Estão relacionadas aos veículos elétricos", afirmou uma fonte próxima à empresa à AFP nesta quarta-feira.
A Renault pretende produzir carros elétricos em massa para o mercado em geral, um movimento estratégico para os próximos anos, enquanto as montadoras enfrentam a demanda por meios de transporte menos prejudiciais ao meio ambiente.
"No final de agosto de 2010, um alerta ético foi levado ao comitê de cumprimento", afirmou à AFP na terça-feira uma porta-voz da Renault.
"A investigação que se seguiu levou à suspensão de três executivos da Renault", ela acrescentou, sem dar mais detalhes. A porta-voz afirmou nesta quarta-feira que a Renault não fez qualquer queixa formal sobre o caso.
Fontes afirmaram que os três funcionários suspensos lideraram projetos de veículos elétricos e um era um membro do comitê de gestão da empresa. Eles foram obrigados a deixar seus cargos na segunda-feira, disseram as fontes.
A Renault afirma que planeja lançar as versões elétricas de seus modelos Fluence, avaliado em cerca de 25 mil euros (34 mil dólares), e de sua Kangoo Express, por cerca de 20 mil euros, na metade de 2011, e de seus modelos menores Twizy e Zoe no final de 2011 e em 2012.
A empresa prevê que carros elétricos ocuparão 10% do mercado em 2020. Junto com seu parceiro japonês Nissan, está investindo 200 milhões de euros por ano no programa.
A Nissan já lançou um carro totalmente elétrico para o mercado de massa, o Leaf, no Japão e nos Estados Unidos.