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Renault, Nissan e Mitsubishi criam novo órgão para impulsionar sua aliança

Acordo foi pensado há duas décadas e sua figura principal era o brasileiro Carlos Ghosn, afastado por suspeita de fraude

Renault: montadora já foi presidida por Carlos Ghosn (Gonzalo Fuentes/Reuters)

Renault: montadora já foi presidida por Carlos Ghosn (Gonzalo Fuentes/Reuters)

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EFE

Publicado em 12 de março de 2019 às 06h37.

Tóquio - A Renault, Nissan Motor e Mitsubishi concordaram nesta terça-feira com a criação de um novo conselho de administração das três empresas para gerar um "novo impulso" para a aliança forjada há 20 anos.

O anúncio foi feito pelo presidente da Renault, Jean-Dominique Senard, em entrevista coletiva ao lado de diretores da Nissan e Mitsubishi, na cidade de Yokohama, no Japão.

"Queremos dar um novo impulso a toda a organização e ser mais eficientes, e simplificar a estrutura", disse Senard, acrescentando que a nova diretoria será presidida por ele e composta pelos principais executivos dos três fabricantes de veículos.

Essa aliança foi criada há duas décadas e sua figura principal era o brasileiro Carlos Ghosn, que chegou a presidir as três companhias, até ser substituído dessas funções por causa da sua prisão, em Tóquio, em novembro do ano passado, acusado de supostas irregularidades financeiras.

O conselho que comandará a aliança das três empresas estará integrado por Senard, que atuará como presidente, assim como pelo CEO do fabricante francês, Thierry Bollore, e pelos presidentes de Nissan Motor e da Mitsubishi, Hiroto Saikawa e Osamu Masuko, respectivamente.

Esse órgão terá a missão de "melhorar e fortalecer a aliança no futuro", além de unir forças e buscar uma "colaboração mais próxima" entre os três fabricantes de veículos, acrescentou Senard.

A Renault tem 43% da Nissan, enquanto esta empresa japonesa tem 15% da Renault. A empresa francesa tem o direito de votar no conselho de administração da empresa japonesa, mas a empresa japonesa não a possui na Renault.

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