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Renault marca reunião para decidir sobre fusão com Fiat

Na última segunda, o conselho da Renault afirmou que estudaria "com interesse" a possibilidade de fusão com a Fiat Chrysler

Renault: a reunião do conselho acontecerá na próxima terça-feira (4) (Rodolfo Buhrer/Reuters)

Renault: a reunião do conselho acontecerá na próxima terça-feira (4) (Rodolfo Buhrer/Reuters)

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EFE

Publicado em 31 de maio de 2019 às 14h46.

Paris — O conselho administrativo da Renault se reunirá na próxima terça-feira para decidir se continuará analisando em profundidade a proposta de fusão feita pela Fiat Chrysler no começo desta semana.

Fontes da montadora francesa disseram à Agência Efe que, caso o conselho aprove a manutenção das negociações com a Fiat Chrysler, as duas empresas assinarão um memorando de entendimento para marcar oficialmente o início das conversas sobre a fusão.

Após a reunião, a Renault deve publicar um comunicado e convocar uma entrevista coletiva para explicar a decisão que será tomada.

Na última segunda-feira, o conselho da Renault decidiu que estudaria "com interesse" a possibilidade de fusão.

A avaliação inicial é que a parceria reforçaria o grupo francês industrialmente e colaboraria com a aliança já existente com Nissan e Mitsubishi.

A atitude da Nissan e da Mitsubishi é um dos elementos que os conselheiros da Renault terão que avaliar. Inicialmente, as duas empresas japonesas tiveram uma "reação morna" à notícia de fusão.

O presidente da Renault, Jean-Dominique Senard, viajou para Tóquio nesta semana para explicar que a possível fusão com a Fiat Chrysler não atrapalharia a aliança com Nissan e Mitsubishi.

"Acredito que eles percebam plenamente o interesse dessa operação", afirmou Senard, ao ressaltar que as ações da Renault subiram desde que a empresa indicou que ouviria a proposta.

Segundo o diretor da montadora francesa, 15% da empresa é controlada pela Nissan, que passará a ter um ativo mais valorizado caso a aliança se concretize. Além disso, a empresa japonesa ainda teria novas oportunidades de negócio.

A aliança atravessa uma fase particularmente delicada após a prisão do executivo brasileiro Carlos Ghosn no Japão em novembro do ano passado. Até então, ele era o principal diretor de Renault e Nissan, o grande artífice da parceria que já dura duas décadas.

O governo da França, que tem 15% das ações da Renault, se mostrou inicialmente favorável à fusão com a Fiat Chrysler, mas impôs quatro condições para topar dar sequência às negociações.

A França quer que a aliança com a Nissan seja respeitada, que os empregos no país sejam preservados e que a empresa que surgir após a fusão implemente conceitos de governança equilibrada.

Além disso, o governo de Emmanuel Macron quer que o novo grupo participe do projeto europeu de desenvolvimento de baterias elétricas lançado por França e Alemanha.

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