Carlos Ghosn: Executivo pode ter se beneficiado de pagamento que a Renault fez ao Palácio de Versailles (Etienne Laurent/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 7 de fevereiro de 2019 às 15h02.
São Paulo - A Renault afirmou ter encontrado evidências de que o ex-presidente e executivo-chefe da companhia Carlos Ghosn, preso desde novembro do ano passado por supostas irregularidades financeiras em sua gestão, pode ter usado fundos da empresa indevidamente para pagar pela celebração de seu segundo casamento, no Grand Trianon, palácio na região de Versailles que foi residência oficial de presidentes da França. Essa foi a primeira vez que a própria Renault revelou falhas na conduta de seu ex-presidente.
A montadora francesa disse que Ghosn pode ter se beneficiado pessoalmente de um pagamento de 50 mil euros que a Renault fez ao Palácio de Versailles, em um acordo de patrocínio. A companhia está investigando se os fundos destinados ao patrocínio foram utilizados para o pagamento da festa de casamento e aniversário de sua esposa, realizada no outono de 2016.
A defesa de Ghosn não respondeu à reportagem. A Renault já reportou o caso às autoridades francesas. (Com informações da Dow Jones Newswires)