HSBC: a agência ainda poderá enfrentar pressão política para agir, dado que uma comissão do parlamento suíço decidiu questionar o caso (Susana Gonzalez)
Da Redação
Publicado em 24 de fevereiro de 2015 às 14h41.
Berne - O regulador dos mercados financeiros da Suíça (FINMA) provavelmente não vai investigar possíveis delitos cometidos pelo braço de private bank do HSBC que vieram à tona por informações vazadas este mês.
A publicação de detalhes sobre a suposta evasão fiscal por alguns dos clientes mais ricos do banco disparou investigações pelo promotor público de Genebra e por autoridades britânicas, bem como uma possível investigação nos Estados Unidos.
Mas a FINMA, que já puniu o HSBC entre 2010 e 2011 por seus fracos controles internos e violação de regras contra lavagem de dinheiro, afirmou que está satisfeita com as medidas tomadas pelo banco.
"Em teoria, não posso excluir que algo surja e faça a FINMA olhar para isso de novo. Mas eu não espero que isso aconteça", disse o diretor da agência reguladora David Wyss, a jornalistas.
A supervisão dos mercados financeiros precisa ser baseada em problemas atuais e a informação vazada sobre o HSBC é relacionada ao período de 2006 e 2007, que está a "anos luz" de distância, disse Wyss.
Apesar disso, a agência ainda poderá enfrentar pressão política para agir, dado que uma comissão do parlamento suíço decidiu tomar uma medida incomum de questionar a FINMA sobre o caso.
Um porta-voz do HSBC na Suíça afirmou que o braço suíço de banco de investimento passou por uma transformação nos últimos anos e implementou iniciativas para impedir que seus serviços bancários sejam usados para evasão fiscal e lavagem de dinheiro.