Rio - A Refinaria de Pasadena (PRSI), no Texas (EUA), cuja polêmica aquisição impôs perdas à Petrobras, recebeu dois prêmios por bons resultados em termos de segurança operacional durante a Conferência Anual da Associação Americana de Fabricantes de Combustíveis e Petroquímicos (AFMP, na sigla em inglês), informou a estatal.
Segundo nota à imprensa divulgada neste sábado, a PRSI foi agraciada com o Prêmio pela Conquista em Segurança, por ter ficado 365 dias sem acidentes com afastamento; e com o Prêmio Meritório em Segurança, por ter passado 365 dias sem acidentes reportáveis com empregados próprios.
A Petrobras comprou 50% da refinaria em 2006, da comercializadora de petróleo e combustíveis belga Astra, por US$ 360 milhões, incluindo estoques. Em 2005, a Astra comprara Pasadena por US$ 42,5 milhões. Após longo litígio entre as duas sócias, em junho de 2012, a Petrobras se viu obrigada a comprar a fatia da Astra, como revelou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, em julho de 2012.
No fim das contas, a Petrobras desembolsou no total US$ 1,249 bilhão - além da refinaria e dos estoques, houve gastos com juros, empréstimos e garantias e despesas legais.
Em março, a presidente Dilma Rousseff, presidente do conselho de administração da estatal em 2006, confirmou ao Estado que apoiou a aquisição e afirmou, em nota, que a operação foi aprovada com base em documento da diretoria internacional da empresa, que depois se revelou "técnica e juridicamente falho" e continha "informações incompletas".
No primeiro trimestre deste ano, a PRSI processou em média 103 mil barris de óleo por dia, desempenho considerado bom na divulgação dos resultados da Petrobras.
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1. 2014 problemático
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1/11 (Galdieri/Bloomberg)
São Paulo - O primeiro trimestre ainda nem acabou, mas a
Petrobras já acumulou problemas neste período que podem valer para o ano inteiro. Entre processo de investigação de propina, preço das
ações despencando e produção de
petróleo menor, a petroleira dá indícios que não vive um bom momento. Veja, a seguir, 10 enroscos em que a Petrobras já se meteu neste ano:
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2. Investigação sobre propina
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2/11 (Sérgio Moraes/Reuters)
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3. Endividamento bilionário
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3/11 (REUTERS/Nacho Doce)
A captação de 8,5 bilhões de dólares anunciada pela Petrobras nesta semana deve impactar ainda mais o endividamento da estatal. Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo,
a dívida líquida da petroleira deverá passar de 100 bilhões de dólares até 2018. De acordo com o novo plano de negócios quinquenal da Petrobras (2014-2018), 60,5 bilhões de dólares serão levantados em dívida bruta nos próximos cinco anos.
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4. Queda da produção
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4/11 (Pedro Lobo/Bloomberg News)
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5. Multa bilionária
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5/11 (REUTERS/Sergio Moraes)
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6. Ações despencaram
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6/11 (Alexandre Battibugli/EXAME)
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7. Valor de mercado menor
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7/11 (Dado Galdieri/Bloomberg)
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8. Preço do dólar divergente
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8/11 (Bruno Domingos/Reuters)
Durante evento para divulgar seu plano de investimentos para os próximos cinco anos, a Petrobras afirmou que vai trabalhar com um dólar de 2,23 reais neste ano.
A cotação média do mercado, no entanto, ultrapassa a cifra de 2,40 reais e a diferença está preocupando o mercado, que não consegue entender como a estatal chegou a esse valor.
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9. Preço do combustível
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9/11 (Divulgação/Petrobras)
A interferência do governo nos negócios da Petrobras também tem preocupado investidores, principalmente quando o assunto é o polêmico reajuste no preço do combustível.
A fim de não aumentar a inflação, o governo tem segurado os preços e a estratégia tem impactado negativamente a petroleira. A estimativa do mercado é que a empresa tenha deixado de ganhar 1,1 bilhão por não repassar alta do petróleo.
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10. Independência do governo
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10/11 (Francois Lenoir/Reuters)
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11. Agora, veja 20 empresas que dominam o país
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11/11 (AGÊNCIA BRASIL)