Securato, Samogim e Salatini, do A3S: proximidade com Gustavo Cerbasi impulsionou expansão (Divulgação/Divulgação)
Lucas Amorim
Publicado em 9 de outubro de 2020 às 09h52.
Última atualização em 9 de outubro de 2020 às 20h44.
No competitivo mercado de agentes autônomos de investimento cada detalhe pode fazer a diferença. No caso do A3S, escritório sediado em São Paulo, até a letra A conta. Luiz Fernando Salatini, Gustavo Samogim dos Santos e Wilson Securato fundaram a empresa há 4 anos, quando atuavam como agentes autônomos da corretora XP e viram uma oportunidade de consolidação no mercado. Juntaram os 3 "S" do sobrenome de cada um deles, e para aparecer no topo das listas de busca, acrescentaram a letra A. "Muitos dos primeiros clientes chegaram a nós graças a essa estratégia", diz Salatini.
Quatro anos depois, o A3S, claro, se vale de táticas muito mais refinadas para conquistar e reter clientes. Em abril, a empresa se alinhou ao banco BTG Pactual (do mesmo grupo que controla a EXAME) para seguir sofisticando sua oferta de produtos e serviços. "Temos 30 anos de experiência no mercado financeiro e precisamos de times seniores e de soluções sob medida para nossa necessidade", diz Salatini.
A pandemia serviu de incentivo final para a mudança, segundo o empreendedor. O cenário desafiador demandaria times mais preparados e uma visão de longo prazo. O novo contrato é de dez anos. Um dos principais desafios, o da migração de plataforma, foi atacado em ondas, que começou pelos clientes mais representativos. Nesta sexta-feira, seis meses depois da mudança, 50% da base já está migrada.
O A3S tinha 480 milhões de reais de patrimônio assessorado e a meta é chegar a 600 milhões de reais no fim de 2021 -- e mais de 1 bi no ano seguinte. A companhia atende clientes que têm de 100.000 reais a mais de 20 milhões de patrimônio, com tícket médio de 500.000 reais. Além dos três fundadores, são cinco associados e um desejo de seguir crescendo, mas sem passar a dezenas de profissionais.
A decisão de empreender no mercado de investimentos foi norteada pela visão de que os produtos dentro do ambiente bancário estavam muito semelhantes e com rentabilidade decrescente. "Percebíamos isso até como clientes", afirma Salatini. "Vimos que havia um universo de clientes com alta remuneração e que demandaria um serviço mais barato e com mais rentabilidade.
A pandemia intensificou uma visão que os empreendedores já tinham: a de que a tecnologia vai permitir uma competição cada vez mais aberta neste mercado. "O jogo é regional, mas também nacional", afirma Salatini. Uma das armas da A3S é a proximidade com influenciadores como Gustavo Cerbasi, amigo dos empreendedores e garoto-propaganda informal do escritório.
"Temos um trabalho cada vez mais ativo em redes como Instagram e LinkedIn. É uma estratégia cada dia mais relevante", diz Salatini. "Queremos mostrar que temos uma oferta cada vez mais ampla aos clientes, com produtos que são tendência. Por exemplo: blindagem de riscos. Um acidentes pode comprometer a saúde financeira de uma pessoa, e faz sentido estar preparado para eventualidades".
O objetivo da A3S, nos próximos anos, é seguir consolidando um mercado que passará por grandes transformações. Sempre com um olho no regional e outro no nacional -- e, por que não, com um impulso de influenciadores como Cerbasi.