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Rede oferece maquininha com preço único para pequeno varejo

Ao invés de pagar o aluguel da máquina e ainda a taxa pelas vendas feitas com cartões, o lojista escolhe um plano com valor único a partir de R$ 109,00 por mês


	Rede: preço vai depender da máquina escolhida, do volume de vendas e ainda o prazo em que quer receber
 (Jair Magri/Guia Quatro Rodas)

Rede: preço vai depender da máquina escolhida, do volume de vendas e ainda o prazo em que quer receber (Jair Magri/Guia Quatro Rodas)

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Da Redação

Publicado em 17 de julho de 2016 às 17h36.

São Paulo - A Rede (ex-Redecard) consolidou o aluguel de suas maquininhas de cartões (POS, na sigla em inglês) e também as taxas de desconto (MDR, na sigla em inglês) em uma mensalidade única, na tentativa de atingir o pequeno lojista e, consequentemente, fidelizá-lo.

A expectativa da empresa, segundo o diretor de Produtos da Rede, Frederico Alves Souza, é dobrar, em até dois anos, sua base atual de pequenos e médios comércios que já têm a solução. Ele não revela, porém, o tamanho dessa base.

Na prática, ao invés de pagar o aluguel da máquina e ainda a taxa de desconto com base nas vendas feitas com cartões, o lojista escolhe um plano com valor único a partir de R$ 109,00 por mês.

O preço vai depender da máquina escolhida, se com fio ou sem, do volume de vendas com cartões, que varia de mil reais a dez mil reais, e ainda o prazo em que quer receber, se em dois ou 30 dias.

Com essas opções, a Rede, do Itaú Unibanco, acredita que consegue atender, de acordo com Souza, até 80% de sua base de clientes, principalmente os pequenos e médios varejistas que, embora tenham tíquete menor de venda, geram margens melhores do que os grandes comércios.

Ele diz que a Rede tem tido "grande demanda" pelo produto, batizado de Preço Único, mas que um impulso adicional virá de outros canais de venda. Isso porque a solução passará a ser ofertada em agências do Itaú e ainda em bancos parceiros. Até então, a solução era vendida apenas pela própria credenciadora.

Por ora, somente a Rede oferece o serviço de credenciamento com mensalidade única no Brasil e que não varia conforme o faturamento e a taxa de desconto. Essa iniciativa, aliada a outras ações, faz arte da estratégia da empresa de tentar recuperar o mercado que perdeu, principalmente para a GetNet, do espanhol Santander, com a abertura do setor brasileiro de cartões, em 2010.

Desde então, conforme relatórios de analistas, a Rede viu sua participação diminuir em nove pontos porcentuais. Encerrou março com 35,5% de share, ante 36% três meses antes. Ao fim de 2010, tinha 44,5% do mercado, que é liderado pela Cielo, que detém 53,4% do setor.

Souza explica que a ideia da Rede de criar um produto com preço único partiu de uma pesquisa feita junto aos varejistas em um projeto que teve início há quase dois anos.

"Percebemos que os clientes tinham muitas dúvidas em relação às tarifas que pagavam. Com um preço único, simplificamos essa questão. O varejista paga sempre o mesmo valor no final do mês, o que traz uma facilidade enorme para os lojistas", explica O executivo, em entrevista ao Broadcast.

De acordo com ele, o novo produto não eleva de imediato a rentabilidade da Rede junto ao pequeno e médio varejo, mas, ao descomplicar o dia a dia desse público, possibilita um relacionamento mais de longo prazo, o que por si só é mais rentável, uma vez que faz com que os comerciantes concentrem suas operações nas maquininhas da adquirente.

Em paralelo, a Rede oferece a partir desse mês serviço de credenciamento combinado com soluções bancárias, seguindo a mesma estratégia de oferta integrada já trilhada pela GetNet, e também adotada pela Cielo, controlada por Bradesco e Banco do Brasil. A empresa encerrou março com 1,755 milhão de maquininhas.

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