Negócios

Recuperação judicial da OGX não protege concessões, diz ANP

Isso significa que os blocos da companhia precisam continuar seguindo os compromissos assumidos com a agência, sob risco de terem contratos extintos


	Plataforma da OGX: a Justiça aceitou parcialmente em novembro o pedido de recuperação judicial da petroleira
 (Divulgação/OGX)

Plataforma da OGX: a Justiça aceitou parcialmente em novembro o pedido de recuperação judicial da petroleira (Divulgação/OGX)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2013 às 12h24.

Rio - O procurador da Agência Nacional do Petróleo (ANP) Olavo Bentes disse, nesta segunda-feira, 9, que a recuperação judicial da OGX, que protege os ativos da companhia por dois anos, não se aplica a concessões. Ou seja, os blocos da companhia precisam continuar seguindo os compromissos assumidos com a ANP, sob risco de terem contratos extintos.

No momento, mesmo com a recuperação judicial, Bentes disse que não há indícios de que a empresa vá desonrar compromissos. Acrescentou ainda que não há movimentos neste momento dentro da agência para extinguir contratos.

"A preocupação da ANP é que a empresa tenha capacidade de tocar seus projetos dentro das melhores práticas do mercado", disse a jornalistas durante seminário promovido pelo Centro de Excelência em Desenvolvimento, Petróleo, Energia e Mineração (Cedpem).

A OGX, esclarece Bentes, não tem impedimentos para vender sua participação ou ter seus compromissos assumidos por parceiros, sendo isso uma decisão da petroleira. Cabe à ANP apenas zelar para que o petróleo, de propriedade da União, seja adequadamente explorado pelo concessionário.

Mesmo após o descumprimento hipotético de alguma regra do contrato de concessão com a ANP, a agência ainda poderia conceder um prazo de 90 dias para que a empresa pudesse vender sua parte na concessão antes de ter o contrato extinto. "É a primeira vez que isso acontece no Brasil e tudo até o momento é apenas especulação", disse.

A Justiça aceitou parcialmente em novembro o pedido de recuperação judicial da petroleira OGX. A decisão deixou de fora as subsidiárias da companhia no exterior e deu aval ao processo das empresas com sede no Brasil.

Acompanhe tudo sobre:ANPEmpresasEnergiaGás e combustíveisIndústria do petróleoOGpar (ex-OGX)PetróleoRecuperações judiciais

Mais de Negócios

A voz está prestes a virar o novo ‘reconhecimento facial’. Conheça a startup brasileira por trás

Após perder 52 quilos, ele criou uma empresa de alimento saudável que hoje fatura R$ 500 milhões

Esta empresária catarinense faz R$ 100 milhões com uma farmácia de manipulação para pets

Companhia aérea do Líbano mantém voos e é considerada a 'mais corajosa do mundo'