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Receita menor derruba lucro do HSBC na América Latina

A mudança no perfil da carteira de crédito do HSBC no Brasil e México e o aumento da taxa Selic também estão por trás da piora dos números


	HSBC: no trimestre, as receitas operacionais antes das provisões somaram US$ 2,130 bilhões, valor 14,9% menor que o observado em igual período de 2013
 (Getty Images)

HSBC: no trimestre, as receitas operacionais antes das provisões somaram US$ 2,130 bilhões, valor 14,9% menor que o observado em igual período de 2013 (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 7 de maio de 2014 às 10h07.

Londres - O banco britânico HSBC viu o lucro cair na América Latina nos três primeiros meses do ano.

De acordo com balanço divulgado nesta quarta-feira, 7, a filial que controla as unidades do Brasil e México, entre outras, registrou lucro antes de impostos de US$ 310 milhões no 1º trimestre.

O valor é 32,7% menor do que o registrado em igual período do ano passado e 75,9% inferior que o acumulado nos últimos três meses de 2013.

O diretor financeiro do grupo, Iain Mackay, explicou que o resultado na região foi afetado especialmente pela queda das receitas e, ao mesmo tempo, o aumento de custos de captação.

A mudança no perfil da carteira de crédito do HSBC no Brasil e México e o aumento da taxa Selic estão por trás da piora dos números.

O diretor financeiro do grupo disse que o HSBC tem apostado na expansão de operações de crédito consideradas "mais seguras" no Brasil e México, especialmente nos segmentos de maior renda - operações que levam as marcas "Premier" e "Advance".

Essas operações, explicou, geram menor receita porque operam com spreads inferiores.

No trimestre, as receitas operacionais antes das provisões somaram US$ 2,130 bilhões na América Latina.

O valor é 14,9% menor que o observado em igual período de 2013.

Na comparação com o último trimestre do ano passado, a queda é ainda maior: 35,7%.

Outro motivo destacado é a elevação dos custos de captação. Nesse caso, o Brasil tem relação direta com o fenômeno.

Iain Mackay comentou que, diante do ciclo de aperto da taxa Selic, a captação do banco está mais cara no Brasil e esse movimento anulou parte da queda do custo vista em outras filiais, especialmente na Europa e Estados Unidos.

O balanço também diz que houve mudança no perfil de captação do banco na América Latina.

"Houve contínua mudança na base de financiamento com a substituição dos depósitos no atacado por papéis de médio prazo", diz o banco.

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