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Receita Federal autua Itaú Unibanco por fusão

Órgão fiscal cobra do maior banco privado do país cerca de R$18,7 bilhões entre imposto de renda e contribuição social


	Agência do Itaú Unibanco: Receita cobra R$11,845 bilhões em Imposto de Renda, além de R$6,867 bilhões em Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
 (Germano Lüders/EXAME.com)

Agência do Itaú Unibanco: Receita cobra R$11,845 bilhões em Imposto de Renda, além de R$6,867 bilhões em Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 16 de agosto de 2013 às 12h48.

São Paulo - A Receita Federal está cobrando do Itaú Unibanco cerca de 18,7 bilhões de reais em impostos atrasados, multas e juros relacionados aos instrumentos contábeis usados para a unificação das operações que formaram o maior banco privado do país.

Segundo comunicado do Itaú Unibanco divulgado nesta sexta-feira, a Receita Federal autuou a instituição financeira, cobrando 11,845 bilhões de reais em Imposto de Renda, além de 6,867 bilhões em Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, acrescidos de multa e juros.

As ações do Itaú Unibanco exibiam queda de 1,85 por cento, às 12h08, enquanto o Ibovespa tinha valorização de 0,87 por cento.

O valor cobrado pela Receita supera o lucro líquido obtido pelo banco no ano passado, que foi de 13,5 bilhões de reais. Procurado, o banco disse que não daria informações adicionais além das divulgadas no fato relevante.

O anúncio ocorreu quase um ano depois que a Receita afirmou que estava iniciando cobrança de 86 bilhões de reais em impostos atrasados, na maior ação de recuperação de débitos já realizada pelo órgão.

Em janeiro, a Receita cobrava mais de 6 bilhões de reais da mineradora MMX, da produtora de cosméticos Natura, da produtora de celulose Fibria e da empresa de logística Santos Brasil, em processos que incluíam recolhimento de Imposto de Renda e de Contribuição Social O Itaú Unibanco classificou como "remoto" o risco de perda no processo aberto pela Receita, mas não informou se provisionará a cobrança em seus balanços futuros.

A instituição afirmou que as operações de fusão do Itaú com o Unibanco em 2008 foram legítimas e que foram aprovadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), pelo Banco Central e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica.

*Matéria atualizada às 12h43

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