A Telefónica América Latina já gera 51% das receitas consolidadas do grupo (Orlando Sierra/AFP)
Da Redação
Publicado em 8 de maio de 2013 às 22h43.
Londres - O Brasil passou a ser o principal mercado em termos de geração de receita para o grupo espanhol Telefónica. Balanço divulgado nesta quarta-feira mostra que a filial brasileira gerou faturamento líquido de 3,263 bilhões de euros no primeiro trimestre de 2013.
O valor equivale a 23,07% de todo a receita do grupo e, pela primeira vez, ficou à frente do faturamento da sede na Espanha, que foi responsável por 23,05% do montante global ou 3,260 bilhões de euros nos três meses.
Apesar de o Brasil ser, agora, o maior gerador de receita para o grupo, o desempenho da filial não de todo positivo. Na comparação com igual período de 2012, o faturamento brasileiro em euros caiu 9,5%. Em reais, porém, houve aumento de 3%.
A diferença entre os números é resultado da taxa de câmbio. Isso quer dizer que a desvalorização do real no período foi maior que o aumento das receitas da filial - o que gerou o impacto final negativo.
No mesmo trimestre, o faturamento da sede espanhola caiu 16,4%. Por serviço e na comparação anual, o faturamento no Brasil em euros caiu 2,8% no segmento celular (para 2,146 bilhões de euros) e recuou 20% no negócio fixo (para 1,117 bilhão de euros). Na conta em reais, porém, a receita aumentou 10,6% nos serviços móveis e caiu 8,9% na telefonia fixa.
"A Telefónica América Latina já gera 51% das receitas consolidadas do grupo (com crescimento de 2,7 pontos porcentuais na participação na comparação com igual período de 2012) e mantém um forte crescimento orgânico de 6,8% apoiado pelo contínuo crescimento do negócio celular. Por outro lado, as receitas da Telefónica Europa reduziram sua participação para 47% do total", cita o balanço que mostra que a receita no continente europeu diminuiu em 10,5% no trimestre.