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Receita da Netflix sobe 30% no 3º trimestre e supera estimativa

A empresa lucrou US$ 130 milhões, uma alta de 30,3% em relação ao mesmo período de 2016, quando a companhia teve lucro de US$ 52 milhões

Netflix: a empresa lucrou US$ 0,29 por ação (Chris Ratcliffe/Bloomberg)

Netflix: a empresa lucrou US$ 0,29 por ação (Chris Ratcliffe/Bloomberg)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de outubro de 2017 às 19h32.

São Paulo - A Netflix registrou lucro líquido de US$ 130 milhões no terceiro trimestre deste ano, ou US$ 0,29 por ação, representando uma alta de 30,3% em relação ao mesmo período de 2016, quando a companhia teve lucro de US$ 52 milhões, ou US$ 0,12.

O resultado, no entanto, ficou abaixo da expectativa de analistas consultados pela FactSet, de US$ 0,32 por ação.

A receita, no entanto, superou as expectativas, ao avançar 30,3% no terceiro trimestre de 2017 na comparação com o mesmo período do ano passado, a US$ 2,985 bilhões.

Com isso, a previsão dos analistas ouvidos pela FactSet, de receita a US$ 2,97 bilhões entre julho e setembro, foi levemente superada e ajudou as ações da companhia a se firmarem no azul no after hours em Nova York: às 18h23 (de Brasília), a Netflix subia 2,12%.

De acordo com a Netflix, a receita relacionada ao segmento de streaming registrou uma alta de 33% no terceiro trimestre em relação ao mesmo período de 2017, impulsionada por um aumento de 24% nas assinaturas e pelo crescimento de 7% no lucro por ação do segmento.

Para o quarto trimestre, a companhia acredita que irá registrar US$ 3,274 bilhões em receita, apresentando uma alta de 32,1% na comparação com o período entre outubro e dezembro de 2016.

Já o lucro deve subir para US$ 183 milhões, ou US$ 0,41 por ação. Essa perspectiva tem como base os anúncios de um aumento nos preços dos planos de assinatura em HD e 4K nos Estados Unidos.

"O aumento da receita ao longo do tempo nos ajudará a expandir nossa oferta de conteúdo e a continuar o crescimento da margem operacional global", disse a Netflix, em release divulgado em conjunto com seus resultados.

A empresa ressalta os investimentos que fez nos últimos cinco anos em relação a conteúdo próprio nos últimos anos e dá ênfase para novas séries, como Ozark e a comédia Friends from College, além de The Defenders, da Marvel.

Além disso, a companhia comenta que "nosso futuro está, em grande parte, em conteúdo original exclusivo, que impulsiona tanto a excitação em torno da Netflix quanto a enorme satisfação de visualização para a nossa adesão global e sua grande variedade de gostos".

Com isso, o investimento em produção original da Netflix continuará a crescer, sendo que, atualmente, ele toma um quarto de todo o orçamento de conteúdo da empresa neste ano.

"Assim, estamos progredindo ainda mais na cadeia de valor para trabalhar diretamente com criadores de conteúdo talentosos", afirma a Netflix, lembrando que fechou um acordo com Shonda Rhimes, criadora das séries Scandal e Grey's Anatomy, e que adquiriu a Millarworld.

"Nosso objetivo é trabalhar com os melhores criadores do mundo e possuir a propriedade intelectual para que possamos continuar a oferecer conteúdo incrível aos nossos assinantes."

A competição pela atenção dos espectadores tende a ficar mais feroz nos próximos meses. Alguns proprietários de conteúdo, como a Walt Disney, planejam estrear seus próprios serviços de streaming. Já a Amazon está aumentando gastos para atrair talentos e criar shows originais.

No início de agosto, a Disney anunciou o encerramento de sua parceria com a Netflix depois de 2018, após anunciar o serviço de streaming que contará com alguns clássicos da gigante do entretenimento, além da transmissão ao vivo da ESPN e novas franquias como Star Wars e Os Vingadores, da Marvel.

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