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Reajuste de preços da Ambev limita vendas no 3º tri

Receita líquida da operação registrou alta de 17,8%, passando de R$ 4,356 bilhões para R$ 5,131 bilhões


	No terceiro trimestre de 2011, a Ambev comercializou 28,015 milhões de hectolitros de bebidas no País
 (Fabio Nutti/Exame)

No terceiro trimestre de 2011, a Ambev comercializou 28,015 milhões de hectolitros de bebidas no País (Fabio Nutti/Exame)

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Da Redação

Publicado em 31 de outubro de 2012 às 09h06.

O reajuste de preços dos itens da Ambev comercializados no País sacrificou o crescimento do volume vendido no terceiro trimestre. A receita líquida da operação registrou alta de 17,8%, passando de R$ 4,356 bilhões para R$ 5,131 bilhões na mesma base de comparação, enquanto os volumes vendidos apresentaram variação de 0,2%, para 28,083 milhões de hectolitros. No terceiro trimestre de 2011, a Ambev comercializou 28,015 milhões de hectolitros de bebidas no País.

Como informa em relatório de resultados, houve uma antecipação tanto do aumento da carga tributária do setor que seria realizado em 01 de outubro quanto dos ajustes de preços que a companhia realiza no quarto trimestre de cada ano. Entretanto, em 28 de setembro, o governo federal decidiu adiar parcialmente o aumento dos impostos sobre a cerveja para abril de 2013.

"Diante disso, já anunciamos reduções de preço para refletir o aumento mais baixo dos impostos no quarto trimestre", diz a Ambev, no documento. A empresa ressalta que o crescimento da receita também foi impulsionado pela expansão das vendas de itens premium e um maior peso da distribuição direta nas vendas.

"Durante o terceiro trimestre, nosso time contou com a amplitude de nosso portfólio e com a execução de nossas principais estratégias comerciais para minimizar o impacto do menor crescimento de volume e da perda de participação de mercado que esperávamos com o aumento de preços. Além disso, nossa estratégia de buscar uma otimização de preço e volume com consequências positivas no Ebitda continuou a funcionar", explica o diretor geral da Ambev, João Castro Neves, no relatório.

Segundo ele, para o restante do ano, o foco é alavancar vendas de itens como a Antarctica Sub-Zero, o Guaraná Antarctica, as garrafas retornáveis de 300 ml e de 1L, a Budweiser e a Stella Artois.


Resultado

O Ebitda ajustado das operações brasileiras da Ambev no terceiro trimestre somou R$ 2,626 bilhões, alta de 23,1% ante os R$ 2,133 bilhões do mesmo período de 2011, com margem de 51,2%, 2,2 pontos porcentuais a mais na mesma base de comparação. A receita líquida por hectolitro (ROL/hl) ficou em R$ 182,70, aumento de 17,5%, enquanto o Custo do Produto vendido (CPV) foi de R$ 1,560 bilhão, avanço de 12,2%, e o CPV por hectolitro (CPV/hl) subiu 12%, para R$ 55,50.

No acumulado do ano até setembro, a Ambev registrou um aumento de 2,9% no volume vendido, para 82,864 milhões de hectolitros. A receita líquida cresceu 12%, para R$ 14,378 bilhões, ao mesmo tempo no qual o Ebitda ajustado teve incremento de 13,5%, para R$ 7,176 bilhões, com margem de 49,9%, alta de 0,7 ponto porcentual. O CPV somou R$ 4,395 bilhões, aumento de 8,1%, enquanto que o ROL por hectolitro cresceu 8,8% e o CPV por hectolitro teve alta de 5% no período.

A gestão da companhia também espera que os volumes do Brasil para 2012 permaneçam acima dos do ano passado, quando houve um crescimento de 0,5% no consolidado do País. A receita líquida por hectolitro deve ser em linha com o crescimento reportado até o terceiro trimestre de 2012, com um crescimento de receita líquida "mais equilibrado em comparação com o ano anterior." A Ambev ainda aguarda um crescimento do CPV por hectolitro no ano no Brasil abaixo da inflação.

Cerveja

O volume vendido de cerveja pela Ambev no País teve leve aumento de 0,2% no terceiro trimestre, passando de 20,623 milhões de hectolitros para 20,659 milhões de hectolitros. O mercado nacional da cerveja, de acordo com dados fornecidos pela própria empresa, cresceu 1,8% no mesmo período.

Em receita, a Ambev vendeu R$ 4,299 bilhões, alta de 18,5% ante os R$ 3,628 bilhões de julho a setembro do ano passado. O Ebitda ajustado cresceu 22%, para R$ 2,199 bilhões, com margem de 51,2%, avanço de 1,5 ponto porcentual.


A participação de mercado média da Ambev no trimestre foi de 68,5%, queda de 1,1 ponto porcentual, devido ao aumento de preços e por uma base de comparação forte, já que a fatia registrada no terceiro trimestre de 2011 foi recorde do ano passado. No acumulado do ano até setembro, as vendas em volume de cerveja da Ambev cresceram 2,3%, para 61,190 milhões de hectolitros. Em receita, o crescimento foi de 11,5%, para R$ 12,027 bilhões.

O Ebitda ajustado somou R$ 6,059 bilhões, alta de 12,5%, com margem de 50,4%, expansão de 0,5 ponto porcentual. No ano, a participação média de mercado da Ambev em cervejas no País foi de 68,7%, queda de 0,2 ponto porcentual ante o mesmo período do ano passado.

Refrigerantes e bebidas não alcoólicas

Já o volume vendido de refrigerantes e bebidas não alcoólicas da Ambev no Brasil no terceiro trimestre avançou 0,4%, para 7,423 milhões de hectolitros. Em receita, a cifra foi de R$ 831,9 milhões, crescimento de 14,4%. O Ebitda ajustado aumentou 28,8%, para R$ 426,8 milhões, com margem de 51,3%, avanço de 5,7 pontos porcentuais. Do mesmo modo que a cerveja, a participação média de mercado da Ambev para refrigerante caiu 1,1 ponto porcentual, para 18,5%.

No ano, esse porcentual ficou estável em 18,1%. Também nos nove primeiros meses do ano o volume comercializado de refrigerantes e bebidas não alcoólicas subiu 4,8%, para 21,673 milhões de hectolitros, enquanto a receita líquida foi de R$ 2,351 bilhões, avanço de 14,3%. O Ebitda ajustado cresceu 19,3%, para R$ 1,117 bilhão, com margem de 47,5%, expansão de 2,0 pontos porcentuais.

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