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"Delivery de tudo", Rappi mira salões e passa a vender serviços de beleza

Em um primeiro momento, o serviço estará disponível apenas nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, regiões de atuação da plataforma da Singu

 (Singu/Divulgação)

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Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 20 de janeiro de 2019 às 06h00.

Última atualização em 20 de janeiro de 2019 às 06h00.

O aplicativo de delivery Rappi firmou uma parceria com a Singu, marketplace de beleza e bem-estar, para oferecer serviços como manicure, massagem, escova e depilação. A plataforma conecta consumidores a mais de 3 mil profissionais em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Em um primeiro momento, o serviço estará disponível apenas nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, regiões de atuação da plataforma da Singu. A manicure sai por R$ 48 e uma escova modelada custa a partir de R$ 76.

Os preços dos serviços são tabelados e o atendimento é no local de preferência do cliente, sete dias por semana entre 7h e 21h30. Os serviços de beleza e bem-estar já estão disponíveis na Rappi nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro.

A Singu tem cerca de 3 mil profissionais cadastrados, que foram avaliados pessoalmente pela startup antes de entrar na plataforma, e já estuda a expansão para outras cidades. A Singu surgiu em 2016 pelas mãos do criador do Easy Taxi, Tallis Gomes.

Ela não informa o faturamento, mas diz que ganhou dezenas de milhões de reais e que triplicou os resultados no último ano. O plano para este ano é triplicar novamente seus ganhos, principalmente com a parceria com a Rappi.

O mercado de beleza ainda tem pouca participação no mundo online, diz Gomes, mas tende a aumentar. "É uma questão de romper a cultura, que acontece em todos os setores. Há alguns anos, ninguém pensava em pedir comida por um aplicativo", diz. Com a parceria, as empresas buscam educar o consumidor para que ele tenha o costume de marcar os compromissos de beleza pelo aplicativo.

As mudanças de hábitos podem ser vistas no processo de amadurecimento do uso do app da Rappi. Ao entrar em uma nova cidade, a categoria de restaurantes é logo a mais utilizada, porque os consumidores já se acostumaram a pedir refeições por um aplicativo, seja pelo Rappi ou por meio de seus concorrentes, iFood e Uber Eats.

Com o passar do tempo, os usuários testam novos serviços. "Depois da primeira compra de supermercado, não tem mais volta", diz Ricardo Bechara, diretor de expansão da Rappi no país.

Ambição de unicórnio

O objetivo da Rappi é se tornar um "super app" e estar presente em vários momentos da vida. "Queremos colocar na plataforma tudo que pode ajudar o usuário a eliminar uma tarefa e simplificar sua vida, como um assistente pessoal", diz Bachara.

A colombiana já atua em diversas categorias, como supermercados, restaurantes, farmácias e bebidas. Também é possível pedir para que os parceiros entreguem, retirem ou comprem outros itens não listados. Fechou uma parceria com a mexicana Grin, que permite o aluguel de patinetes elétricos por meio do aplicativo.

No início da semana, anunciou uma parceria com a Avon para a venda de certos produtos na sua plataforma, vendidos pela revendedora mais próxima e com estoque disponível e entregues pelos parceiros da Rappi.

Mas é a primeira vez que a startup, que se tornou um unicórnio com valor superior a 1 bilhão de dólares, no ano passado, atua no segmento de serviços. "Olhamos o setor de serviços com muito carinho", afirma o diretor, sobre os segmentos em a startup ainda poderia entrar.

A empresa já está em 13 cidades no Brasil e em sete países da América Latina. No ano passado, a empresa aumentou em sete vezes o número de produtos entregues e registrou um aumento mensal de 20% em todos os países em que atua. No Brasil, o crescimento foi de 30%.

Com apetite para dominar todas as áreas da vida, o crescimento pode ser ainda maior.

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