Raphael Klein teve que assumir a posição que seria ocupada pelo irmão mais velho, Leandro, morto em função de um câncer (Germano Lüders/EXAME)
Da Redação
Publicado em 17 de outubro de 2012 às 11h12.
São Paulo - "O Brasil é um país onde o rápido engole o lento. Não onde o grande engole o pequeno". Foi com esta afirmação que Raphael Klein, presidente da Viavarejo, concluiu sua apresentação no CEO Summit, evento sobre empreendedorismo realizado na manhã desta quarta-feira pela Endeavor e Ernst & Young.
O executivo contou sobre o processo, iniciado em 2004, até assumir o cargo mais alto dentro da maior rede de eletrodomésticos do Brasil. Raphael Klein assumiu a presidência da companhia em 2010, meses após a associação da Casas Bahia com o Pontofrio (ex-Globex, do Grupo Pão de Açúcar) no final de 2009. "Gostaria de ter me preparado melhor para assumir esse cargo dentro da empresa", disse o neto do fundador da Casas Bahia, Samuel Klein.
Raphael teve que assumir a posição que seria ocupada pelo irmão mais velho, Leandro, morto em função de um câncer. "No nosso meio, a tradição manda que o primogênito assuma os negócios da família", explicou.
Ele pode deixar a presidência da companhia em novembro, quando termina seu mandato de dois anos, conforme o estatuto da companhia. O novo presidente deve ser indicado pelo Grupo Pão de Açúcar, controlador da companhia, em reunião do conselho de administração na próxima semana.
O executivo contou que antes da associação com o GPA, a Casas Bahia, ainda na gestão do seu pai Michel Klein, decidiu que para ocupar um cargo "no coração" da empresa deveria ser apenas pessoas de dentro. "Nas lojas, por exemplo, preparamos os vendedores para assumir o cargo de gerente. Nunca trazemos gente de fora", ressaltou.