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Raízen tem lucro de R$809,5 mi no trimestre com retomada da demanda

Combinado ao atraso para a entrada da safra, o processamento de cana atingiu 20,5 milhões de toneladas (-6%) no período, disse a empresa, maior produtora global de etanol e açúcar de cana

Totem com o logo da Raízen, joint venture da Cosan com a Shell. (Raízen/Divulgação)

Totem com o logo da Raízen, joint venture da Cosan com a Shell. (Raízen/Divulgação)

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Reuters

Publicado em 13 de agosto de 2021 às 09h38.

Última atualização em 13 de agosto de 2021 às 14h30.

A Raízen reportou lucro líquido de 809,5 milhões de reais no primeiro trimestre fiscal de 2021/22, ante prejuízo de 412,4 milhões no mesmo período do ano anterior, com suporte da melhor performance da produção e comercialização de açúcar e etanol e também com a retomada da demanda por combustíveis.

A geração de caixa medida pelo Ebitda ajustado da Raízen somou 1,766 bilhão de reais no período, ante apenas 143,6 milhões de reais na mesma etapa do ciclo anterior, quando a pandemia de Covid-19 havia afetado fortemente os negócios.

"Iniciamos o nosso ano fiscal 2021/22 com forte expansão do Ebitda ajustado, apesar dos desafios enfrentados com o aumento do número de casos de Covid-19 no início do trimestre e pelos impactos da seca em nossa produção de cana-de açúcar", disse a companhia, uma joint venture da Cosan e da Shell que realizou uma oferta de ações recentemente.

"Aceleramos as vendas nos segmentos de Renováveis e Açúcar com preços crescentes. No segmento de Marketing & Serviços, vimos uma retomada gradual da demanda por combustíveis ao longo do período no Brasil, enquanto na Argentina a demanda seguiu estável", afirmou.

O início do período de moagem da safra 2021/22 foi impactado pelo clima mais seco dos últimos 90 anos, afetando a produtividade dos canaviais no país, comentou a Raízen, citando queda de 3% no ATR de cana por hectare, o que foi atenuado "por investimentos e foco no aumento contínuo da produtividade agrícola e ganhos de eficiência".

Desta forma, combinado ao atraso para a entrada da safra, o processamento de cana atingiu 20,5 milhões de toneladas (-6%) no período, disse a empresa, maior produtora global de etanol e açúcar de cana.

A produção de açúcar equivalente totalizou 2,6 milhões de toneladas (-5%), com a compensação parcial pelo melhor ATR do período. O mix de produção foi de 50% para açúcar (versus 54% na safra anterior).

O Ebitda ajustado de Renováveis alcançou 480 milhões de reais no trimestre, mais de duas vezes superior ao mesmo período do ano passado. O indicador de Açúcar atingiu 289 milhões de reais, também com forte crescimento.

Já a geração de caixa (Ebitda ajustado) do segmento de Marketing e Serviços, considerando todas as operações da plataforma Brasil e Argentina, aumentou para 968 milhões de reais, ante 181,5 milhões negativos no mesmo período do ano anterior.

"O melhor desempenho do período sinaliza a retomada da demanda por combustíveis a patamares mais próximos da normalidade", disse.

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