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Raízen planeja investir R$ 2,5 bi em etanol de 2ª geração

A meta é investir o montante até 2024


	Raízen Energia: o etanol 2G é desenvolvido à base de palha e bagaço da cana
 (Ricardo Teles/Divulgação)

Raízen Energia: o etanol 2G é desenvolvido à base de palha e bagaço da cana (Ricardo Teles/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 2 de janeiro de 2015 às 07h54.

São Paulo - O grupo Raízen, joint venture entre Cosan e Shell, vai elevar suas apostas na produção de etanol de segunda geração (2G), desenvolvido à base de palha e bagaço da cana.

A companhia, que já colocou para funcionar há três semanas, em Piracicaba (SP), sua primeira planta desse tipo de combustível, já planeja construir sua segunda unidade, que deverá entrar em operação em 2016.

“Vamos investir entre R$ 2 bilhões e R$ 2,5 bilhões para colocar sete plantas em operação até 2024, com produção estimada em 1 bilhão de litros no total por ano”, afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo Vasco Dias, presidente da Raízen.

A primeira unidade, que produz 40 milhões de litros/ano consumiu investimentos de R$ 237 milhões. A segunda unidade deverá ser erguida também no Estado de São Paulo, mas a cidade ainda não foi escolhida. A produção anual da segunda planta é estimada em 200 milhões de litros.

Com 24 usinas de açúcar e álcool em operação, a Raízen Energia é a maior produtora sucroalcooleira do País, com capacidade para processar 65 milhões de toneladas de cana por ano. A produção de etanol gira em torno de 2 bilhões de litros por ano.

Segundo Vasco Dias, as unidades de etanol de segunda geração da companhia sempre serão construídas anexas às usinas de primeira geração, uma vez que há sinergia com o aproveitamento da matéria-prima (bagaço e palha). A unidade em operação em Piracicaba é anexa à usina Costa Pinto, que deu origem ao Grupo Cosan.

Para colocar o projeto de 2G em prática, a Raízen mantém, desde 2012, uma parceria com a Iogen Corporation, empresa canadense de biotecnologia, que possui uma planta teste de etanol celulósico na cidade de Ottawa, no Canadá.

Os primeiros projetos para o etanol de segunda geração foram idealizados há pelo menos dez anos, quando as usinas sucroalcooleiras estavam em expansão, impulsionadas pelo crescimento dos carros flex (abastecidos com álcool e gasolina). Desde 2008, muitos projetos têm sido deixados de lado, uma vez que o setor vive uma de suas piores fases, com usinas altamente endividadas.

A primeira planta de etanol celulósico do Brasil entrou em operação no segundo semestre de 2014 no Estado de Alagoas pela GranBio, do empresário Bernardo Gradin.

A unidade, instalada na cidade de São Miguel dos Campos, recebeu investimentos US$ 265 milhões. O BNDES financiou R$ 300 milhões desse projeto, que terá capacidade de produzir, por ano, 82 milhões de litros de etanol anidro (que é misturado à gasolina).

Custo

De acordo com Vasco Dias, a meta da Raízen é que o custo de produção do etanol de segunda geração se equipare ao da primeira geração. O custo de produção de etanol de primeira geração gira em torno de R$ 1,30 por litro.

A expectativa é de que a Raízen possa produzir etanol de segunda geração fora do Brasil. “Há planos de se produzir nos Estados Unidos, mas ainda não temos uma data fechada”, disse Dias.

Inicialmente, o etanol de segunda geração da Raízen deverá ser consumido no mercado interno. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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