Raízen: Capacidade de moagem da cana-de-açúcar deve subir de 62 milhões de toneladas para 100 milhões de toneladas nos próximos cinco anos
Daniela Barbosa
Publicado em 14 de fevereiro de 2011 às 14h59.
São Paulo - A Raízen, companhia criada da joint venture entre Cosan e Shell, herdou dívida de 2,5 bilhões de dólares da Cosan. Parte do valor será amortizado com aporte feito pela Shell de mais de 1,6 bilhão de dólares. A nova empresa tem valor de mercado de 20 bilhões de reais e deve faturar 50 bilhões.
Segundo Vasco Dias, presidente da Raízen, a companhia vai inicialmente realizar sua primeira emissão de bonds e agências de classificação de risco já foram contatadas. Em relação a abertura de capital, não há nenhum perspectiva para este primeiro momento. “A principio, vamos experimentar o mercado de bonds”.
A Raízen terá três braços de atuação: produção de etanol, de açúcar e cogeração de energia. Nos próximos cinco anos, a companhia deve ampliar de 62 milhões de toneladas para 100 milhões de toneladas a capacidade de moagem de cana-de-açúcar. “Vamos fazer investimentos para aumentar nossa produtividade, mas ainda é difícil mensurar valores”, afirmou Rubens Ometto, presidente do Grupo Cosan.
O objetivo da companhia é aumentar a produção de açúcar de 4 milhões de toneladas para 6 milhões de toneladas; de etanol de 2,2 bilhões de litros para 5 bilhões de litros e a cogeração deve passar dos 900 MW atuais para 1.300 MW até 2015.
A joint venture entre a Cosan e a Shell foi assinada em agosto do ano passado. Com a união, as companhias criaram a quinta maior empresa do setor de energia no Brasil. O processo de integração das unidades das companhias está em curso e deve ser concluído até o final deste semestre.