Negócios

Raízen compra ativos de refino e distribuição da Shell por US$950 mi

Empresas adquiridas atuam na Argentina nos negócios de refino de petróleo, distribuição de combustíveis, entre outros

Raízen: joint venture da Cosan com a Shell anunciou nesta terça-feira a assinatura de contrato para adquirir os negócios downstream da Shell na Argentina (Ricardo Teles/Divulgação)

Raízen: joint venture da Cosan com a Shell anunciou nesta terça-feira a assinatura de contrato para adquirir os negócios downstream da Shell na Argentina (Ricardo Teles/Divulgação)

R

Reuters

Publicado em 24 de abril de 2018 às 09h02.

Última atualização em 24 de abril de 2018 às 09h51.

São Paulo - A Raízen Combustíveis, joint venture formada entre Cosan e Shell, assinou contrato para aquisição da totalidade do negócio de downstream da Shell na Argentina, em um acordo que totaliza 950 milhões de dólares e deve ser concluído no segundo semestre deste ano.

A aquisição, antecipada pela Reuters em agosto do ano passado, envolve 100 por cento das ações de emissão da Shell Compañía Argentina de Petróleo e da Energina Compañía Argentina de Petróleo, abarcando os negócios de refino de petróleo, distribuição de combustíveis, operação de postos revendedores, entre outros.

De acordo com a Raízen, a operação de downstream da Shell na Argentina conta com uma refinaria, uma rede de 645 postos de combustíveis com venda de aproximadamente 6 bilhões de litros por ano, ocupando o segundo lugar no mercado com aproximadamente 20 por cento de participação, entre outros ativos.

As companhias adquiridas registraram receitas líquidas de 3,3 bilhões de dólares (proforma considerando os negócios adquiridos) no ano fiscal terminado em dezembro de 2017.

"Esta transação representa uma oportunidade importante de crescimento para a Raízen, ampliando e replicando seu modelo de sucesso implementado no Brasil. A transação também fortalece o negócio das companhias adquiridas, além de permitir sinergias operacionais, financeiras e de marketing", destacou a empresa, acrescentando que a Shell continuará presente no mercado argentino como acionista da Raízen.

Ainda segundo a joint venture entre Cosan e Shell, o valor da compra "assume que as companhias adquiridas não possuem endividamento e está sujeito a ajustes de variações de capital de giro e pelo montante de dívida líquida no fechamento".

A expectativa é de que, após a Raízen assumir o negócio da Shell na Argentina, sejam celebrados diversos contratos com empresas do Grupo Shell, em condições de mercado, incluindo um acordo de suprimento para importação de hidrocarbonetos e a licença da marca Shell na Argentina.

A Raízen projeta uma geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) potencial de 250 milhões de dólares no primeiro ano após a compra dos ativos da Shell na Argentina.

Acompanhe tudo sobre:Joint-venturesRaízenShell

Mais de Negócios

Esta empresária catarinense faz R$ 100 milhões com uma farmácia de manipulação para pets

Companhia aérea do Líbano mantém voos e é considerada a 'mais corajosa do mundo'

Martha Stewart diz que aprendeu a negociar contratos com Snoop Dogg

COP29: Lojas Renner S.A. apresenta caminhos para uma moda mais sustentável em conferência da ONU