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1. Mark Zuckerberg
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1/10 (Getty Images)
Poucos empresários podem se gabar de serem protagonistas de uma biografia não autorizada e de um filme – mesmo que não muito elogioso - aos 26 anos. E só Mark Zuckerberg pode se orgulhar de suceder o presidente do Fed, o Banco Central americano, Ben Bernanke e Barack Obama na escolha de personalidade do ano da revista Time. Para a revista Time, além dos números impressionantes atingidos pelo Facebook, Zuckerberg “mudou a forma como vivemos nossas vidas”. O jovem empresário criou o Facebook em 2004 em um dormitório universitário e hoje, a rede soma mais de 500 milhões de usuários. Especula-se que, em 2011, o faturamento da empresa ultrapasse dois bilhões de dólares.
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2. 3G Capital
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2/10 (Getty Images)
Neste ano, a gestora de private equity controlada por Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira dominou mais um símbolo da cultura norte- americana. Os sócios da ABInBev, que controla a cerveja símbolo dos Estados Unidos, a Budweiser, complementaram seus negócios com hambúrgueres - por 3,26 bilhões de dólares adquiriram o Burguer King. A rede de lanchonetes fechou 2009 com vendas de 2,5 bilhões de dólares. Não é um número impressionante no setor, mas o trio defende que a marca em si é valiosa. A ABInBev, por sua vez, segue sendo a maior cervejaria do mundo, com fábricas em 23 países e mais de 116.000 empregados.
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3. BTG Pactual
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3/10 (Arquivo)
Algumas das maiores operações de negócios do ano passaram pelas mãos do banco de investimentos controlado por André Esteves. Entre janeiro e setembro de 2010, o banco participou de 40 operações, que movimentaram um total de 28,9 bilhões de dólares. O BTG Pactual assessorou a venda da TAM para a Lan e a operação entre Oi e Portugal Telecom, por exemplo. O próprio banco também fez suas operações. Entre as aquisições, está a da Coomex, a maior comercializadora independente de energia do Brasil. Entre as vendas, a Textília. Em dezembro, um consórcio de fundos de investimento comprou uma participação de 18% no banco por 1,8 bilhão de dólares. Com a operação o banco vê a possibilidade de ampliar relacionamentos com fundos internacionais. Esteves comprou o BTG Pactual 2009 por 2,5 bilhões de dólares.
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4. Carros Chineses
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4/10 (Divulgação)
Este foi o ano dos carros chineses desembarcarem no Brasil. Apesar do burburinho ainda ser maior do que a presença dos possantes nas ruas, as montadoras chinesas também se beneficiaram de inúmeros recalls que acometeram marcas tradicionais, como a Toyota. O país já conta com sete fabricantes que oferecem modelos por um preço, em média, 30% mais baixo do que os concorrentes. A Chery, por exemplo, está no Brasil desde 2009, mas foi em setembro de 2010 que ela anunciou a construção de uma fábrica em São Paulo. A estatal chinesa Dongfeng, que chegou esse ano, também tem planos de abrir uma fábrica no país.
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5. Sites de compras coletivas
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5/10 (Reprodução)
Não foi só o Facebook que ocupou a tela dos internautas em 2010. No Brasil, explodiram os sites de compras coletivas. O Peixe Urbano, pioneiro no negócio de compras coletivas no país, já ultrapassou cinco milhões de usuários cadastrados. O modelo existe por aqui há cerca de oito meses. O formato baseia-se em algo extremamente valorizado pelos brasileiros – o desconto. Com um número mínimo de compradores necessário, quando a compra coletiva é fechada os consumidores desfrutam do desconto, o site aproveita a taxa de venda e as empresas que oferecem os descontos tem acesso a novos clientes. O mercado cresce cerca de 30% ao mês.
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6. Petrobras
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6/10 (Germano Luders)
Em 2010 a estatal não cumpriu sua meta de produzir uma média de 2,1 milhões de barris de petróleo por dia. A produção da companhia não deve chegar aos dois milhões. Apesar disso, a Petrobras garantiu seu lugar em águas profundas. O novo marco regulatório de exploração do pré-sal assinado pelo presidente Lula garantiu a estatal a alcunha de operadora única dos blocos do pré-sal. A oferta de ações da Petrobras somou 120,360 bilhões de reais, a maior de realizada até hoje. O resultado dessa capitalização, após o pagamento da cessão onerosa do petróleo do pré-sal, ficou em 27,5 bilhões de dólares. As perspectivas para a empresa também são boas, segundo a Fator Corretora. A demanda por petróleo deve continuar firme e a estatal será a única grande empresa de petróleo do mundo a ter crescimento significativo de produção nos próximos anos.
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7. Pão de Açúcar
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7/10 (Arquivo)
Em 2009 a rede realizou a aquisição da Casas Bahia. Mas somente em 2010 conseguiu resolver a insatisfação contratual que colocava em risco a operação - o principal ponto de conflito na aquisição, anunciada em dezembro do ano passado, era financeiro. Em setembro, a rede anunciou que as sinergias entre Pão de Açúcar e Casas Bahia serão de quatro bilhões de reais - o valor é o dobro do que o grupo previa quando foi feito o anúncio da associação com a rede da família Klein. O total ainda pode chegar a sete bilhões de reais, segundo o Pão de Açúcar. Além disso, nesse ano, a rede iniciou a re-estruturação do Ponto Frio.
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8. Máquina de Vendas
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8/10
A rede Ricardo Eletro e a Insinuante realizaram uma fusão em 2010, que resultou na Máquina de vendas – uma rede com mais de 500 lojas distribuídas em 19 Estados – que ainda fundiu-se com a City Lar, de Mato Grosso. Na época das operações, a expectativa do faturamento para 2010 era de 6,1 bilhões de reais – se atingido, o valor coloca o grupo no segundo lugar do ranking de varejo brasileiro, atrás apenas do Pão de Açúcar/Casas Bahia/Ponto Frio. Tanto a Insinuante quanto o Magazine Luiza haviam participado da briga pela compra do Ponto Frio no ano passado, mas perderam na reta final para o Pão de Açúcar. Em 2010, as duas redes decidiram não ficar para trás. Além da operação entre Ricardo Eletro e Insinuante, o Magazine Luiza também foi às compras e adquiriu a rede de varejo nordestina Lojas Maia. O grupo deve fechar o ano com um faturamento bruto de 5,3 bilhões de reais - o valor é 30% maior que o obtido em 2009.
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9. Telefônica
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9/10 (Arquivo)
A Aquisição da participação da Portugal Telecom na Brasilcel (Vivo) pela Telefonica foi a maior operação de 2010 anunciada até setembro, segundo a Anbima. O negócio surpreendeu tanto pelo valor envolvido, de 18,2 bilhões de dólares, como pela dificuldade das partes chegarem a um acordo. A operação envolveu diversas revisões de oferta e até a golden share (poder especial de veto) do governo português para impedir que a venda fosse adiante. Com a aquisição da Vivo, a PT passa a ter mais 71 milhões de clientes.
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10. Lan
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10/10 (Divulgação)
A chilena Lan fez uma fusão com a TAM no terceiro trimestre de 2010. O valor da operação foi de 14,4 bilhões de reais – a segunda maior operação no Brasil até setembro. O acordo formou uma gigante da aviação na América Latina, com rendas anuais de 8,5 bilhões de dólares. A negociação foi anunciada pelas aéreas como uma fusão, mas a Anbima considera que toda operação tem uma empresa alvo - nesse caso, o alvo era a TAM. O valor de 14,4 bilhões de reais representa a participação de 24% da aérea brasileira na holding Latam, que coordenará as operações de ambas agora. Na semana passada o grupo chileno Cueto, controlador da companhia aérea LAN, anunciou que vai reestruturar suas sociedades para simplificar a gestão de seus ativos. A Latam voa para mais de 115 destinos em 23 países. As sinergias esperadas na época da fusão eram de 400 milhões de dólares por ano. Em outubro a Lan ainda comprou a companhia colombiana Aires por 33 milhões de dólares.