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Quem quer ser um trilionário? Cinco bilionários podem ficar ainda mais ricos na próxima década

Paralelamente, a pobreza global permanece praticamente inalterada desde 1990, com 44% da população mundial sobrevivendo com menos de US$ 6,85 por dia

Publicado em 20 de janeiro de 2025 às 07h52.

Última atualização em 20 de janeiro de 2025 às 08h00.

As fortunas dos bilionários cresceram de maneira exponencial em 2024, alcançando um aumento coletivo de US$ 2 trilhões, segundo o mais recente relatório de desigualdade da Oxfam, divulgado pela CNBC.

A riqueza combinada dos indivíduos mais ricos do mundo saltou de US$ 13 trilhões para US$ 15 trilhões em apenas 12 meses, marcando o segundo maior aumento anual já registrado pela entidade.

Paralelamente, a pobreza global permanece praticamente inalterada desde 1990, com 44% da população mundial sobrevivendo com menos de US$ 6,85 por dia. A desigualdade é acentuada pelo fato de que o 1% mais rico detém quase 45% de toda a riqueza global.

O relatório da Oxfam, intitulado "Takers Not Makers", também aponta que 60% da riqueza bilionária tem origem em heranças, monopólios ou conexões políticas. Esses fatores são classificados pela organização como "riquezas imerecidas".

Trilionários à vista?

A atual trajetória da acumulação de riqueza sugere que o mundo poderá ver pelo menos cinco trilionários na próxima década. O CEO da Tesla, Elon Musk, é citado como o principal candidato a se tornar o primeiro trilionário, com patrimônio atual estimado em US$ 440 bilhões.

O domínio de nossa economia global por uma elite privilegiada alcançou níveis inimagináveis,” disse Amitabh Behar, diretor-executivo da Oxfam International, à CNBC. Ele também ressaltou que o ritmo de acumulação de riqueza bilionária triplicou, ampliando o poder dessa elite.

Medidas urgentes para combater a desigualdade

Em um apelo aos governos, a Oxfam defende que as rendas do 10% mais rico não sejam superiores às do 40% mais pobre. A entidade também sugere mudanças nas regras econômicas globais, incluindo a regulação de monopólios e a implementação de políticas fiscais que garantam maior tributação sobre os mais ricos.

O relatório foi divulgado às vésperas do Fórum Econômico Mundial em Davos, que reúne líderes de 130 países para debater questões econômicas globais. O contexto político norte-americano também destaca o tema, com o presidente em fim de mandato, Joe Biden, alertando para a formação de uma "oligarquia de riqueza extrema" no país.

Oxfam ressalta que o fluxo de capital para os bilionários em vez de investimentos em áreas essenciais como saúde e educação representa uma ameaça não apenas à economia, mas à humanidade. “Bilhões de dólares em heranças intocadas perpetuam uma aristocracia moderna, mantendo riqueza e poder nas mãos de poucos,” concluiu Behar.

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