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1. Roger Agnelli, atual presidente da Vale
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1/5 (Germano Lüders/EXAME.com)
São Paulo – A iminente saída de Roger Agnelli da presidência da Vale, depois de 10 anos no cargo, já provocou uma enxurrada de nomes para seu sucessor. Até então, o que sustentava a saída do executivo da empresa era sua relação desgastada com o governo federal. No entanto, nesta terça-feira (22/3) a história ganhou novos rumos. O governo pediu pela primeira vez ao Bradesco, de forma direta, o cargo de Roger Agnelli. A conversa aconteceu entre o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Conselho de Administração do Bradesco, Lázaro Brandão. O banco, por meio da Bradespar, é um dos principais acionistas da empresa. Veja quem são os possíveis sucessores de Roger Agnelli
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2. Tito Martins, diretor-presidente da Vale Canadá e diretor-executivo de Operações e Metais Básicos da Vale no Brasil
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2/5 (GERMANO LÜDERS)
O executivo seria o nome natural para substituir Agnelli por conhecer as operações da empresa onde trabalha desde 1985 e o setor como um todo. Tito Botelho Martins foi eleito para o cargo de diretor-presidente da Vale no Canadá em 1 de janeiro de 2009. Martins é também diretor-executivo de operações e metais básicos da Vale no Brasil e membro da diretoria executiva da empresa desde 2006. Já esteve à frente das áreas de Assuntos Corporativos e Energia e de Não-Ferrosos. Na Vale, desempenhou diferentes funções no setor financeiro até 1999, quando passou a exercer o cargo de diretor do Departamento de Finanças, onde permaneceu até 2003. Foi diretor-presidente e diretor de departamento de Relações com Investidores da Caemi Mineração e Metalurgia e diretor-executivo e diretor-presidente da Minerações Brasileiras Reunidas (MBR) de 2003 a 2006. Presidiu o Conselho de Curadores da Fundação Vale do Rio Doce de Seguridade Social (Valia), integrou os Conselhos de Administração da Ferrovia Centro Atlântica (FCA), da Samarco Mineração, da Ferrovia Bandeirantes (FERROBAN), além dos Conselhos de Administração da Aço Minas Gerais (AÇOMINAS) e da Gulf Industrial Investment Corporation (GIIC), em Bahrain, no Golfo Pérsico. Foi também membro dos Conselhos Consultivos da Companhia Ítalo-Brasileira de Pelotização (ITABRASCO) e da Companhia Hispano-Brasileira de Pelotização (HISPANOBRAS). Graduado em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Minas Gerais, especializou-se em Administração de Empresas no IEAD da Universidade Federal do Rio de Janeiro (MBA) e na Kellogg School of Management da Northwestern University, nos Estados Unidos, e no INSEAD, França.
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3. Wilson Brumer, presidente da Usiminas
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3/5 (NELSON PEREZ)
Aos 62 anos, o administrador de empresas mineiro Wilson Brumer é outro conhecedor da empresa e do setor. Na década de 90, presidiu negócios como a própria Vale e a siderúrgica Acesita. Também comandou os conselhos de administração da Light, da subsidiária brasileira da BHP Billiton e da Cemig. Brumer também sabe transitar na esfera política. O executivo foi secretário de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, entre 2003 e 2007, durante o governo de Aécio Neves. Brumer assumiu a presidência da Usiminas – onde antes ocupou o cargo de presidente do Conselho de Administração – em maio de 2010, depois da conturbada saída de seu antecessor, Marco Antonio Castello Branco.
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4. Antônio Maciel Neto, presidente da Suzano
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4/5 (Fabiano Accorsi/EXAME.com)
Maciel já anunciou que continua na presidência da empresa de papel e celulose, mas a certeza da permanência do executivo no cargo só será confirmada quando o substituto de Agnelli for anunciado em maio. Até lá, Maciel continua como um dos possíveis nomes para assumir a presidência da mineradora, segundo o mercado. Embora nunca tenha comandado uma mineradora antes, Maciel atua em um setor correlato – o de papel e celulose, uma commodity, assim como os minerais extraídos pela Vale. Maciel também acumula seis anos de experiência em uma grande empresa multinacional, a Ford, na qual comandou a filial brasileira. Em sua gestão, o executivo lançou o Eco Sport e o novo Ka, entre outros modelos, além da fábrica de Camaçari, na Bahia. O paranaense de 52 anos é formado em engenharia mecânica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e trabalhou durante 10 anos na Petrobras. Além da estatal, Maciel passou pela Cecrisa Revestimentos Cerâmicos e pelo Grupo Itamarati. Ingressou na Suzano em 2006, a convite da família Feffer.
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5. Fábio Barbosa, presidente do Conselho de Administração do Santander
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5/5 (DANIELA TOVIANSKY)
O executivo iniciou a carreira na empresa de alimentos Nestlé, onde trabalhou por 12 anos nas unidades da Suíça e dos Estados Unidos. Em seguida, partiu para o setor bancário onde está até hoje. Depois de pouco mais de dois anos na presidência da operação brasileira do Santander, Fábio Barbosa deixou o cargo no final de 2010 para assumir o conselho de administração da instituição. Ele já havia demonstrado interesse em deixar a função de diretor- presidente da organização, após a finalização do processo de integração e depois de quase três anos na presidência do Santander Brasil. A bem-sucedida integração liderada por Barbosa conta positivamente para que ele assuma a presidência da Vale. Em sua nova função de presidente do Conselho de Administração do Santander Brasil, o executivo conduzirá as discussões estratégicas da instituição. Barbosa era presidente do ABN Amro Real até meados de 2008, quando assumiu a presidência do Santander, após o banco espanhol ter comprado em 2007 operações globais do banco holandês ABN, incluindo as do Brasil. Pouco tempo depois o banco comprou o Real. Em 2007 assumiu a presidência da Febraban e passou o cargo nesta semana para Murilo Portugal, ex-secretário-executivo do Ministério da Fazenda. Barbosa é também membro do conselho de administração da Petrobras, do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República do Brasil e do Instituto Empreender Endeavor. O executivo de 56 anos é graduado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas, com MBA no IMD, na Suíça. Apesar de ser constante na bolsa de apostas para suceder Agnelli, Barbosa enfrentaria a resistência do Bradesco, um dos controladores da mineradora, por ser muito identificado ao Santander.