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Queda reflete momento de transição financeira, diz Santander

Queda do lucro líquido do banco Santander Brasil em 2013 reflete o momento de transição financeira que atravessa o país, segundo porta-vozes

Interior de agência do Santander: banco avança na "implementação de um novo foco de negócios", disse presidente do Santander Brasil, Jesús Zabalza (Paulo Fridman/Bloomberg)

Interior de agência do Santander: banco avança na "implementação de um novo foco de negócios", disse presidente do Santander Brasil, Jesús Zabalza (Paulo Fridman/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 30 de janeiro de 2014 às 12h26.

São Paulo - A queda do lucro líquido do banco Santander Brasil em 2013, quando obteve lucro de US$ 5,7 bilhões, 9,7% inferior ao de 2012, reflete o "momento de transição financeira" que atravessa o país, disseram nesta quinta-feira porta-vozes da instituição.

O presidente do Santander Brasil, Jesús Zabalza, afirmou em entrevista coletiva que esse momento de transição "obedece à redução no "spread" (diferença entre o preço de compra e o de venda de um ativo financeiro) no país e à adaptação do banco a esse novo cenário".

Frente a essa realidade, o Santander Brasil avança na "implementação de um novo foco de negócios baseado na melhoria da qualidade da carteira de crédito e no aumento da vinculação dos clientes, da eficiência operacional e da produtividade", afirmou o dirigente.

Zabalza disse confiar na estabilidade do "spread", que no quarto trimestre apenas caiu 0,1 ponto percentual, para 10%, o que, segundo sua opinião, permitirá melhorar a margem de lucro e a expansão do crédito.

"Fizemos os ajustes necessários durante todo o ano e os resultados começam a refletir uma nova tendência. A margem líquida voltou a crescer, o "spread" está se normalizando, a inadimplência caiu fortemente e o controle de despesas evoluiu abaixo da inflação", apontou.

Zabalza destacou o lucro líquido no quarto trimestre, que somou R$ 1,4 bilhão e cresceu 0,2% em comparação com os últimos três meses de 2012, assim como a redução de 1,8 ponto percentual da taxa de inadimplência, que fechou 2013 em 3,7%.

Além disso, o executivo avaliou o crescimento de 67% no faturamento do banco no mercado de pagamentos com cartões de crédito e débito, segmento que se fortaleceu no segundo semestre com a compra de 50% do capital da operadora GetNet, em um movimento com o qual o Santander Brasil espera expandir sua atuação.

"É um segmento de grande potencial e queremos avançar de forma importante nesse mercado", ressaltou.

Acrescentou que o Santander Brasil aposta firme em seu "crescimento orgânico" no país, devido à evolução da carteira ampliada de crédito, que no ano cresceu 9,3%; e à captação de clientes, que foi de 11,5% em 2013.

"Para 2014 esperamos um crescimento de crédito acima de dois dígitos, apesar de um leve aumento que devemos ter do desemprego", afirmou.

Segundo o resultado medido pelas normas contábeis brasileiras, o Santander Brasil forneceu 23% do lucro líquido do grupo espanhol em 2013, como tinha sido divulgado nesta quinta-feira pela matriz em Madri. 

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