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Queda na produção neutraliza reajustes da Petrobras no tri

Pesquisa com cinco projeções de analistas de mercado aponta para um lucro líquido de 6,7 bilhões de reais, em média, uma queda de 27 % na comparação com 2012


	Com a redução na produção, por conta de um programa rigoroso de manutenção nas plataformas, a Petrobras se viu forçada a elevar a importação de petróleo e reduzir exportações da commodity
 (Germano Lüders/EXAME)

Com a redução na produção, por conta de um programa rigoroso de manutenção nas plataformas, a Petrobras se viu forçada a elevar a importação de petróleo e reduzir exportações da commodity (Germano Lüders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 25 de abril de 2013 às 22h20.

Rio de Janeiro/São Paulo - O resultado financeiro da Petrobras no primeiro trimestre, a ser divulgado na sexta-feira, virá abaixo do registrado no mesmo período do ano passado, por conta da queda na produção de petróleo e do aumento das importações, entre outros fatores, disseram analistas de instituições financeiras.

Pesquisa com cinco projeções de analistas de mercado aponta para um lucro líquido de 6,7 bilhões de reais, em média, uma queda de 27 % na comparação com o primeiro trimestre de 2012.

Com a redução na produção, por conta de um programa rigoroso de manutenção nas plataformas, a petroleira se viu forçada a elevar a importação de petróleo, ao mesmo tempo em que reduziu exportações da commodity.

"Estes acontecimentos devem juntos neutralizar os efeitos dos reajustes dos preços da gasolina e diesel ao longo dos últimos doze meses", afirmou em nota o Bank of America Merrill Lynch.

Um programa da Petrobras para restaurar a eficiência de suas operações na bacia de Campos provocou maiores paradas para manutenção.

Com a queda na produção pelas paradas, a Petrobras precisou buscar no mercado externo o petróleo que não produziu.

A pesquisa com analistas ouvidos pela Reuters mostra um recuo de 12,2 % no Ebitda (indicador de geração de caixa operacional), para 14,5 bilhões de reais, mas um aumento de 11 % na receita, para 73,4 bilhões de reais, impulsionado pelo crescente aumento nas vendas de derivados e com a alta dos preços dos derivados.

Com base em dados do governo brasileiro, a Planner Corretora calcula que no primeiro bimestre as exportações de petróleo recuaram 50 %, enquanto as importações subiram 31 %. Com a menor disponibilidade de petróleo nacional e o crescimento do mercado, no primeiro bimestre, segundo a corretora, as importações de derivados cresceram 30 % mas a exportação destes produtos caiu 38 %.

Os resultados da estatal nos últimos trimestres têm sido especialmente prejudicados pelo aumento das importações e pela venda no mercado interno do produto importado a preços mais baixos do que os de compra.


O aumento dos preços do diesel e da gasolina, ao longo do primeiro trimestre, ajudaram a diminuir a defasagem na comparação com os valores externos, mas a diferença continua sendo um problema para a Petrobras.

Após aumentos dos preços do diesel em 5,4 % em 30 de janeiro e em 5 % em março e da alta de 6,6 % na gasolina em janeiro, o BES afirmou em relatório que espera "começar a ver uma recuperação de margem que só será totalmente vista no segundo trimestre". No entanto, a defasagem entre os preços domésticos e os internacionais no primeiro trimestre seguiu alta: 20,1 % (diesel) e 18,9 % (gasolina), ante 28 % e 23,5 %, respectivamente, no quarto trimestre, afirmou o banco.

Analistas do Citi destacam, por outro lado, que a recente fraqueza do preço do petróleo aliada ao fortalecimento da moeda brasileira devem reduzir substancialmente a defasagem entre preços domésticos e internacionais.

"Não acreditamos que a Petrobras tenha nenhuma redução expressiva nos custos de produção, mas apenas algum pequeno ganho advindo da valorização do real no trimestre (1,2 %)", acrescentou a Planner.

O BES também aponta que a apreciação do real terá um impacto positivo de 1,4 bilhão de reais no resultado financeiro líquido, devido ao efeito das dívidas da companhia em moeda estrangeira.

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