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Québec condena empresas a pagar US$ 12,3 bilhões a fumantes

Tribunal da região condenou empresas de tabaco multinacionais a pagar a 1 milhão de consumidores de tabaco US$ 12,3 bilhões, algo inédito no Canadá

Um sinal de "proibido fumar": queixosos argumentaram que as empresas não avisaram adequadamente seus clientes sobre os riscos do tabagismo (JUNG YEON-JE/AFP)

Um sinal de "proibido fumar": queixosos argumentaram que as empresas não avisaram adequadamente seus clientes sobre os riscos do tabagismo (JUNG YEON-JE/AFP)

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Da Redação

Publicado em 2 de junho de 2015 às 17h19.

Montreal - Um tribunal de Québec condenou nesta segunda-feira três empresas de tabaco multinacionais a pagar a um milhão de consumidores de tabaco 15,5 bilhões de dólares canadenses (cerca de 12,3 bilhões de dólares) - uma indenização inédita no Canadá, que põe fim a 17 anos de litígio.

As três multinacionais condenadas - Imperial Tobacco, Rothmans Benson & Hedges e Japan Tobacco International-MacDonald - apelaram imediatamente do veredito proferido pelo juiz Brian Riordan, que se pronunciou sobre duas ações coletivas.

As duas ações coletivas, apresentadas inicialmente em 1998 mas que só chegaram aos tribunais recentemente, representam quase 1,02 milhões de quebequenses que não conseguiram largar o vício de fumar ou que sofrem de câncer de pulmão ou garganta, ou enfisema pulmonar.

Os queixosos argumentaram que as empresas não avisaram adequadamente seus clientes sobre os riscos do tabagismo e falharam em sua obrigação de "não fazer mal a outra pessoa", segundo a decisão do tribunal.

Eles também acusou as empresas de fazer um marketing inescrupuloso e destruir documentos importantes para o processo judicial.

A empresas, contudo, indicaram que a decisão judicial não se baseia em evidências apresentadas durante o julgamento e anunciaram que recorrerão da decisão.

"Desde a década de 1950 os canadenses estão plenamente conscientes dos riscos para a saúde apresentados pelo hábito de fumar", afirmou a JTI-Macdonald em comunicado.

"Esse conhecimento foi reforçado pelas advertências para a saúde impressas em todos os maços de cigarro legais há mais de 40 anos", argumentou a empresa.

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