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Quais as estratégias da Zapay para chegar ao primeiro R$ 1 bilhão em 2024

Em 2022, a startup que permite o pagamento parcelado de débitos veiculares aumentou as suas vendas 3,3 vezes e viu a base de clientes crescer em 300%

 (Zapay/Divulgação)

(Zapay/Divulgação)

Marcos Bonfim
Marcos Bonfim

Repórter de Negócios

Publicado em 9 de março de 2023 às 11h21.

No mercado desde 2017, a Zapay vem atualizando e incrementando o seu modelo de negócios ano após ano. E parece que tem dado certo. Em 2022, a startup que permite o pagamento parcelado de débitos veiculares aumentou as suas vendas em 3,3 vezes e viu a base de clientes crescer em 300%.

A empresa de Brasília entrou no mercado com um modelo baseado no ambiente físico. Por um tempo, quiosques e pontos de venda físicos foram os principais canais para os clientes quitarem débitos como multas, IPVA, licenciamento do veículo, seguro DPVAT e responderam por 80% da receita.

Na pandemia, em 2020, a participação se inverteu: 80% do digital, a partir dos canais parceiros, como Sem Parar, ConectCar, Serasa e iCarros, do Itaú, aos quais a startup plugava os seus serviços.

O passo mais recente foi o lançamento do app próprio, já responsável por originar 60% da receita ao longo de 2022.

O novo cenário foi impulsionado, em parte, por uma rodada seed que a startup recebeu, em investimento liderado pela Domo Invest no ano passado.O valor de R$ 7,5 milhões foi empregado em tecnologia, produto e time comercial, além do reforço no marketing digital.

Quais os novos passos da startup

A evolução no ano passado pavimentou uma nova trilha que a startup quer perseguir ao longo de 2023: a desenvolvimento de um marketplace com a introdução de uma gama cada vez maior de serviços aos motoristas.

No radar, seguros, alertas com gestão de débitos e multas e a indicação de postos de gasolina com preços mais acessíveis.

“O nosso propósito é facilitar e vamos criar outras soluções para ajudar o proprietário veicular”, Callebe Mendes, CEO da Zapay.

Ele cofundou a startup ao lado dos amigos Pedro Vogado, Varley Silva, Catarina Nunes e Lucas Amoêdo. Juntos, queriam criar uma fintech aos moldes da chinesa Alipay.

No meio do caminho, uma oportunidade: o Detran de Brasília iria passar a permitir que os motoristas pagassem seus débitos de forma parcelada e buscava um parceiro para a operação.

Repaginaram a solução e integraram ao sistema de departamento de trânsito. No primeiro dia, transacionaram R$ 300 mil. E o serviço, pensado para ser apenas uma vertical em meio a diversas opções, se tornou o mercado central da startup.

De lá para cá, já registraram mais de 10 milhões de consultas veiculares. E mais de um milhão de automóveis já tiveram os seus débitos quitados usando a tecnologia.

A operação tem parceria com todas as unidades do Detran do país – Santa Catarina e Pará foram os dois últimos estados a adotar a solução no fim do ano passado.

A startup ganha dinheiro cobrando uma taxa em cima de cada transação. Os percentuais variam entre 4% e 30%, a depender do parcelamento.

Como o marketplace deve agregar à startup

A meta da Zapay é chegar ao faturamento de 1 bilhão de reais em 2024, se tornando o primeiro “Unicórnio do Cerrado”. A menção é uma brincadeira interna – para uma startup se tornar verdadeiramente um unicórnio, precisa ter um valuation 1 bilhão em dólar -, mas é uma forma que a empresa encontrou de ter um parâmetro claro e objetivo.

Para atingir o patamar, a empresa tem que dobrar de tamanho neste ano e em 2024. “Por isso, o nosso foco em 2023 é agregar mais soluções e features para facilitar a vida do proprietário e para que ele fique mais tempo com a gente e tenhamos uma base mais frequente e recorrente”, afirma.

Em 2022, os clientes transacionaram mais 600 milhões de reais com a empresa.

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