Plataforma da Queiroz Galvão: expectativa da empresa é iniciar a extração em 2016, com vazão de 25 mil barris por dia (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 25 de novembro de 2014 às 13h48.
Rio de Janeiro - A Queiroz Galvão Exploração e Produção (QGEP) deverá recorrer ao mercado após 2016 para expandir desenvolvimento dos blocos BS-4 e BM-S-8, ambos na Bacia de Santos e considerados promissores pela companhia, afirmou nesta terça-feira o presidente da petroleira brasileira, Lincoln Guardado.
Antes disso, o presidente explicou que a empresa tem caixa e terá recursos para sustentar os investimentos previstos.
"Para o desenvolvimento (do BS-4 e BM-S-8), com certeza, nós iremos precisar novamente dessa ida ao mercado", afirmou Guardado.
O campo de Atlanta, que fica no BS-4, já tem dois poços prontos para iniciar a produção, dependendo apenas da plataforma. A expectativa da empresa é iniciar a extração em 2016, com vazão de 25 mil barris por dia.
A diretora financeira e de relações com investidores da petroleira, Paula Costa Côrte-Real, disse que o mercado de dívida não necessariamente será acessado via Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES).
"Pode ser também mercado internacional", afirmou, explicando que os recursos poderão vir de bancos e de investidores.
O volume de investimentos para o BS-4 vai depender ainda da assinatura do contrato para a utilização de uma plataforma que tem previsão para ser realizada ainda neste ano. Apesar de estar em negociações avançadas para a contratação da plataforma, a QGEP não revelou ainda o tamanho da unidade.
Segundo seus executivos, a plataforma em negociação está fora do país e demandará adaptações que deverão durar até 13 meses.
A petroleira poderá contratar uma plataforma de 25 mil ou de 80 mil barris/dia para o campo de Atlanta. Após o início das atividades de produção, a empresa prevê a perfuração de mais dez poços.
Desde 2012, foram investidos cerca de 520 milhões de dólares no BS-4, operado pela QGEP, com 30 por cento de participação. As suas parceiras na área são Óleo e Gás Participações (ex-OGX), com 40 por cento, e Barra Energia, com 30 por cento.
Já o bloco BM-S-8, que abriga a descoberta de Carcará, é operado pela Petrobras e a QGEP tem 10 por cento de participação.
Guardado destacou ainda que a empresa está atenta a oportunidades de aquisições, principalmente de blocos em mar, em fase avançada de exploração ou em início de desenvolvimento.