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Qantas diz que Rolls-Royce quebrou contrato de turbina do A380

A explosão que destruiu o motor foi causada provavelmente por falha de projeto da Rolls-Royce, de acordo com investigação do governo australiano

A Qantas retomou os voos com sua frota de A380 de maneira limitada (Tim Hales/Getty Images)

A Qantas retomou os voos com sua frota de A380 de maneira limitada (Tim Hales/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2010 às 09h20.

Sydney - A Qantas Airways está cobrando da fabricante de turbinas Rolls-Royce danos por perda de negócios gerada pela falha nos motores do superjumbo A380. Investigação sobre o problema ocorrido em uma turbina do avião em pleno voo no mês passado concluiu que a explosão que destruiu o motor foi causada provavelmente por falha de projeto.

A Qantas, em um processo aberto em tribunal da Austrália, afirma que a Rolls-Royce falhou com obrigações e pode ter dado informações erradas para a companhia aérea quando forneceu motores defeituosos e que não podiam funcionar de acordo com os padrões garantidos pela Airbus e pela própria Rolls-Royce.

A Qantas não declarou as perdas que sofreu, mas afirmou que teve prejuízos causados pela decisão de deixar sua frota de seis A380 em terra, atrasos na entrega de novas unidades do modelo e porque não pode usar o modelo em rotas entre Austrália e Los Angeles.

Analistas estimam que as perdas da Qantas podem chegar a 60 milhões de dólares australianos (58,5 milhões de dólares), excluindo custos de reparação do avião afetado pela falha. A empresa aérea também enfrenta custos relacionados à redução de capacidade na temporada de verão no hemisfério sul e potenciais danos à reputação da empresa.

Um porta-voz da Rolls-Royce não comentou o assunto mas afirmou: "A Rolls-Royce vai continuar a trabalhar com as autoridades de investigação e regulação para assegurar cumprimento de padrões de segurança."

A Agência de Segurança de Transportes Australiana concluiu que o incidente ocorreu provavelmente por causa de uma falha de design do motor que levou à fadiga de material que gerou rachaduras e vazamento de óleo, causando o incêndio na turbina.

"É possível que essa seja a causa, mas os resultados das inspeções vão nos dizer se é o caso", disse Martin Dolan, diretor da agência.

A Qantas retomou os voos com sua frota de A380 de maneira limitada em 27 de novembro depois de manter os aviões em terra por três semanas. Mas a companhia teve que tirar os aviões de rotas para Los Angeles, um dos destinos mais lucrativos da empresa.

Os problemas no motor significam que a Qantas não pode usar o poder máximo de decolagem a partir de Los Angeles e, por isso, teria que limitar o número de passageiros dos aviões do modelo em 80 ante capacidade normal de 450.

A companhia aérea afirmou que vai continuar a buscar um acordo fora de tribunais e que a abertura do processo foi decidida para manter todas as opções abertas para a empresa caso um acordo não possa ser atingido.

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